Projeto Mimas: a hora do hardware

Já contei em um outro post sobre a minha idéia de criar um “console” capaz de emular meus sistemas favoritos, usando como base o versátil Raspberry Pi, e até compartilhei um pouco sobre a configuração do software. Também falei sobre a minha “visão” para o resultado final: um aparelho que tenha a aparência e comportamento de um videogame. Por isso minha idéia de colocar o hardware dentro da carcaça de um Mega Drive 2 Japonês, o modelo mais bonito (na minha opinião) de meu console favorito.

Pois na semana passada comprei um Mega Drive 2 Japonês no Mercado Livre para tocar a segunda fase do projeto. Infelizmente “ao vivo” ele estava em pior estado do que aparentava nas fotos, com vários riscos bem visíveis na carcaça. Mas por enquanto irá servir, considerem esta a versão “Mark Zero” do hardware.

JpegA “vítima”. Guardei a placa original (segundo o vendedor funciona), pode ser útil um dia.

Passei a madrugada de sexta para sábado desmontando o console e “fuçando” a carcaça para determinar a melhor posição de cada componente.  Bastaram dois furos com uma Dremel para posicionar os espaçadores de latão (os mesmos usados em placas de PC) sobre os quais o Rasberry Pi será montado. E com um corte em uma “parede” interna (sob o slot de cartuchos da placa original) eu abri espaço para o cabo HDMI.

Tudo estava indo bem até eu começar a pensar em como posicionar os conectores: não queria cabos fixos dentro do console, prefiro todos os cabos removíveis como no hardware original, e se possível nas posições originais. Ou seja, eu teria de “esticar” as portas do Pi (marcadas em vermelho na foto) até as saídas originais na traseira (também marcadas em vermelho na foto) e frente da carcaça.

JpegO dilema: como chegar do “Ponto A” (Raspberry Pi) até o “Ponto B” (gabinete)?

As portas USB ficarão na frente, no lugar dos conectores DB-9 originais para os joysticks, basta usar extensões USB. O Pi é alimentado por um carregador USB com conector micro USB, o mesmo dos celulares Android (uso o carregador do meu Nexus 7), e eu tinha na minha caixa de bagunças um cabinho micro USB macho -> micro USB fêmea. Ou seja, consigo colocar uma porta micro USB fêmea na traseira do console, onde ficava o conector de força original, sem problemas.

O problema era a porta HDMI: como “estender” uma porta HDMI fêmea em coisa de uns 20 cm? Eu até tenho uma extensão HDMI, mas ela tem 1,80m e cabo grosso, e não cabe dentro do console. Depois de muito quebrar a cabeça me resignei a usar um cabo HDMI fixo, com o conector dentro do console e o cabo propriamente dito passando por um furo circular na parte de trás da carcaça, que originalmente não era usado para nada e tinha o diâmetro exato (Obrigado Sega!).

megadrive_testeO primeiro teste. Notem o cabo HDMI embutido dentro da carcaça. Ainda não era o ideal…

Mas hoje chegou em casa um pacote com alguns cabos que comprei há cerca de 4 meses no DealExtreme, pensando em conectar o Rasberry Pi à Lapdock de meu Motorola Atrix. E quando abri o pacote abri também um sorriso, pois a solução dos meus problemas com a saída HDMI estava bem ali.

Jpeg

Esse aí em cima é um cabo HDMI Macho -> Micro HDMI Fêmea. Ou seja, com ele consigo “puxar” uma porta Micro HDMI para a traseira do console, onde originalmente ficava a saída A/V. Por si só ele não resolveria meu problema, ainda preciso ligar o console à TV. Mas nesse momento me lembrei que na caixa do meu Motorola RAZR MAXX havia essa gracinha aqui, que nunca usei:

Jpeg

É um cabo Micro HDMI Macho -> HDMI Macho. Ou seja, da “extensão” que está plugada ao Pi para a TV. Problema resolvido! Testei e funciona perfeitamente, e quando o console estiver pronto e fechado a gambiarra de um cabo ligado em outro nem será aparente 🙂

Com isso resolvo quase todos os problemas com as conexões no meu console. Agora preciso prender os novos cabos e conectores às portas originais (estou pensando em usar Sugru ou o equivalente caseiro) e o projeto estará quase pronto. Falta pouco!

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