O media center evoluiu!

No meu post sobre o Media Center, reconheci que o hardware que utilizei estava aquém do ideal. Havia pouco espaço em disco (250 GB), o processador não era capaz de decodificar vídeos em HD e faltava um controle remoto.

E logo no primeiro comentário aparece o RicBit, nerd lendário e grão-fudeba, e sem querer dá uma de Miyamoto, virando a mesa com o comentário: “eu uso um Mac Mini como Media Center”. Sim, o Mac Mini é uma solução muito melhor. Pra começo de conversa é menor, consome menos energia e faz menos barulho que o Atom Dual que estava usando. Além disso, o processador Intel Core 2 Duo reproduz vídeos em HD na boa, e ele já vem com um controle remoto.

Pra completar, meu Mac Mini tem um HD de 500 GB à disposição, e os 250 GB do Atom estavam começando a ficar apertados. Então porque não usei o Mac Mini como Media Center? Simples, ele era meu desktop até ontem.

Era, daí a “virada de mesa”. Reconhecendo as vantagens, fiz uma troca geral na sala. O Mac Mini foi devidamente “faxinado”, seu HD de 500 GB esvaziado (era, pouco, usado para backups) e ele foi parar no rack. O software de Media Center é exatamente o mesmo do Atom, com as mesmíssimas configurações. Até o cliente BitTorrent rodando em segundo plano é o mesmo (Transmission).

Só mudei o sistema operacional: meu “Media Center 2.0” agora roda o Snow Leopard, em vez do Ubuntu. Um bônus: o XBMC para Mac já tem suporte nativo ao Apple Remote (o controle remoto que acompanha todos os Macs desktop) e com isso ficou mais cômodo interagir com a máquina. Valeu RicBit!

E o Atom Dual? Mudou de emprego (pela terceira vez em duas semanas) e veio pra minha mesa como meu desktop. Rodando Ubuntu, claro. Dá conta do recado sem problemas, passei o dia inteiro trabalhando nele e rodando os programas de costume (navegador, IM, e-mail, MP3 Player, editor de imagens) sem reclamações. Só não gosto muito do barulho da ventoinha da fonte, mas nisso se dá um jeito 🙂

Um “media center” feito em casa

Como todo bom nerd com anos de internet nas costas, tenho espalhados pela casa vários gigabytes em filmes, séries e músicas, distribuídos em HDs externos, desktops, notebooks, CDs e DVDs. Minha esposa não é diferente. E embora ter uma coleção enorme de mídia sempre à disposição seja algo interessante, a organização estava deixando a desejar.

Um problema comum era nunca saber exatamente onde estava o arquivo que queríamos assistir. Outro era a duplicidade de conteúdo. E pior ainda era a questão de onde assistir: nossa TV é capaz de reproduzir arquivos MP3, H.264 e DiVX via USB, mas há restrições quanto ao codec exato, resolução, etc. Vira e mexe passávamos pela experiência frustrante de plugar um HD externo nela, escolher o arquivo e ver a temida mensagem “Formato Inválido!”. Até um de nós voltar para o PC, tentar uma conversão e esperar ela terminar, a vontade de ver um filme passou.

O PC é uma plataforma muito mais flexível nesse quesito: players como o VLC, Media Player Classic e MPlayer tocam praticamente qualquer coisa que você quiser. O problema é que assistir a um filme ou seriado na tela de 15″ de um notebook ou sentado em frente ao desktop não tem graça, ainda mais quando há uma TV LCD de 32 polegadas dando sopa na sala.

Foi aí que olhei para o rack, notei a caixa do “Gambiarra I” e veio o estalo: opa, ele é um PC e está ligado à TV. E toca filmes. Hmmm… porque não transformá-lo em um Media Center? Munido de algumas xícaras de café, hardware que eu já tinha por aqui e algumas buscas no Google, foi o que fiz.

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Arquivos perdidos da CES 2009: Mana Potion

Tenho uma confissão a fazer: durante a cobertura da MacWorld e CES 2009 eu fiz nada menos que 72 vídeos, e só uma dúzia deles chegou a ir ao ar. É fácil entender o motivo: a correria é imensa, banda larga boa o suficiente para upload de vídeos está, por incrível que pareça, disponível apenas na sala de imprensa e há coisas demais para uma pessoa só administrar. O resultado é que acabei subindo apenas o que considerei “mais interessante” e deixei o resto “para depois”. E o depois acabou se arrastando por um ano.

Mas ontem, vendo as fotos do povo na fila para a apresentação do Ballmer, me lembrei dos vídeos e corri atrás. Encontrei vários clipes de bastidores (como a fila para o Ballmer, igualzinha), produtos curiosos e cenas inusitadas que encontrei por lá, e decidi começar a postar tudo isso no YouTube. Se eu for esperar até tomar vergonha na cara para editar e organizar tudo como se deve os clipes nunca irão ao ar. Portanto, estou postando o material “cru” ou com edição mínima.

A imagem não é das melhores (eu tinha acabado de comprar a filmadora em uma Best Buy dois dias antes, e estava aprendendo a usar), as cenas tremem (tente manter uma câmera estável depois de dormir só quatro horas na noite anterior e tomar cinco doses de espresso para compensar) e o áudio estoura, mas mesmo assim eles ainda valem a pena. São uma visão curiosa dos “bastidores da reportagem”, pra quem se interessa por como as coisas funcionam ou acha que a cobertura de uma CES é um paraíso de uma semana em cassinos, comida farta e gadgets legais.

Começo por um review da… Mana Potion, que não tem muito a ver com a CES propriamente dita: Mana Potions são energéticos vendidos para gamers nos EUA, batizados como as poções geralmente usadas para recuperar energia “espiritual” ou mágica em jogos de RPG. Tem uma composição diferente de bebidas como Red Bull, e prometem te deixar alerta sem “danos colaterais” como a agitação excessiva ou cansaço insuperável quando o efeito acaba.

Comprei (a US$ 3.50 o frasco) como última tentativa de encontrar uma alternativa às cinco doses de espresso. Funciona? NÃO:

O efeito colateral mencionado no vídeo aconteceu mesmo, e não foi NADA agradável. Câmera e “trilha sonora” por André Faure. Mais clipes em breve.