Como disse em um post anterior, descobri que vou precisar usar duas linhas de telefonia celular daqui pra frente. Pesquisando alternativas que não envolvessem andar com dois aparelhos (redundância), nem um aparelho novo (caro demais), me lembrei de um artigo do Morimoto no Guia do Hardware sobre adaptadores Dual SIM, que permitem o uso de dois SIM Cards ao mesmo tempo em um único aparelho. Achei um vendedor num site de leilões, gostei do preço (cerca de R$ 11) e resolvi experimentar.
Pois hoje chegou em casa o King of Double Card, o modesto acessório que promete fazer a mágica. A aparência estranha: é basicamente um pedaço de circuito impresso flexível, parecendo um flat cable, com conectores para os dois SIM Cards e um minúsculo chip no meio do caminho.
A instalação é simples: basta retirar os dois “SIM Cards” de papelão do circuito, colocar seus cartões no lugar (o primeiro cartão é fixado ao circuito com adesivo, o segundo desliza em um bercinho metálico) e encaixar a bugiganga onde vai o cartão no seu celular. Aqui há um porém: neste modelo de adaptador que comprei o segundo cartão fica em cima da bateria, entre ela e a tampa traseira do celular. Nem todos os modelos tem espaço suficiente para isso, então a compatibilidade é limitada. No caso do N95 e N95 8GB, as coisas ficam um pouquinho apertadas, mas cabe.
Ao ligar o aparelho, irá surgir no menu um ícone batizado de “Dual SIM Card”. É lá que você controla qual SIM está ativo: só um cartão funciona por vez, mas há uma opção que permite que o celular “troque” periodicamente entre eles, em intervalos de podem ir de 3 a 99 minutos. Isso pode ser prático, mas trocas frequentes acabam com a bateria rapidinho, já que o aparelho passará um bom tempo procurando redes (justamente uma das coisas que mais consome bateria).
Aparentemente, o desempenho do aparelho não muda em nada com o adaptador. Consegui fazer e receber ligações, bem como enviar e receber SMS e navegar via 3G, com ambos os números sem problemas. A troca dos números é feita “on the fly”, sem reiniciar o celular. Note que, se um dos cartões tiver uma senha (PIN Lock), você terá de digitá-la a cada troca. No meu N95 8GB, são necessários cerca de 10 segundos para sair da rede de uma operadora para outra.
Vale lembrar: o adaptador só funciona em celulares desbloqueados! Se não, o aparelho vai reclamar de “SIM Inválido” quando você trocar para um cartão que não for o da operadora nativa.
Resumindo: é barato, fácil de instalar e usar e cumpre o que promete. Até agora estou satisfeito. É um típico exemplo da engenhosidade chinesa, e do porque as operadoras não devem controlar o mercado. Por elas, eu teria de comprar um segundo aparelho.
Cara, me perdõe pela ignorância, mas não entendi a coisa da “troca” dos chips. Isso afeta as ligações recebidas? se alguém tentar ligar pro chip que não estiver “ativo” no momento, não vai conseguir? valeu!
Exatamente. Se alguém ligar pro chip inativo, vai ouvir que o celular está fora de área ou desligado.
Rigues, eu tenho um adaptador igualzinho a este no meu n-gage já faz quase um ano, funciona muito bem. A unica coisa que ele não necessariamente cria um icone novo, e sim troca o icone menu da operadora pelo dele. Você “perde” aquele icone que dá acesso as bobeira como horoscopo, noticias, previsão do tempo, comprar toque, joguinhos e outras bobagens.
No meu caso a troca automática de sincard não funciona no ngage (ou pode ser versão do software, bugada no meu adaptador). Mas que é uma mão na roda, isso é.
se motorola explode, imagina os chineses…
acho que o Chines não é mais opção não…
eu não conhecia esta maravilha da tecnologia
acho que vou arrumar um destes 😀
Só não sei se no meu HTC fica tão legal =/
BeGod, o celular chinês parece uma solução mais “direta”, mas eu teria que abrir mão do 3G, acesso à internet, câmera de 5 MP (ótima em coletivas), jogos em java, aplicativos como o JoikuSpot e GoogaSync… melhor não.
Ainda acho que andar com um celular chines é a melhor opção, rigues.