Análise: Dingoo Digital A320

Um jogo de CPS-2 (Arcade) rodando no emulador nativo

Ufa! Finalmente, depois de uma semana corrida, consegui tempo para escrever este (longo) review de meu mais novo brinquedo, o Dingoo Digital A320. Se tiverem dúvidas após ler o texto, deixem suas perguntas nos comentários e tentarei atualizar o artigo com as respostas.

Já deixo claro que aqui pretendo apenas descrever o console e seu software, e não vou entrar em detalhes como tutoriais de instalação do Dingux ou de conversão de ROMs. Há muitos locais com tal informação na internet, vários deles linkados ao longo do texto.

Também deixo claro que não presto suporte a hardware e software. Tais pedidos serão sumariamente ignorados. Seu Dingoo veio com defeito? Devolva pra loja. Não sabe copiar os jogos pra memória? Leia o manual. O Google é seu amigo.

Mas vamos lá. Antes de mais nada, “o que é o Dingoo”? É um portable media player ou console portátil produzido na China pela Dingoo Digital, uma empresa baseada em Shenzen. Seria mais um entre muitos “MP9” produzidos pelas fábricas chinesas se não fosse por alguns detalhes: seu design pensado especificamente para jogos (copiando o Nintendo DS Lite) e seu firmware, que inclui emuladores para uma variedade de consoles do passado. Além disso, ele também reproduz filmes em uma variedade de formatos (como Windows Media, Real Media e DiVX), músicas (MP3, APE, FLAC) e tem os tradicionais Rádio FM e leitor de e-Book, além de alguns jogos próprios.

Ao contrário da maioria dos “MP9”, que se contentam em emular o NES, o Dingoo emula NES, Super NES, Gameboy Advance, Megadrive, Capcom CPS-1 e CPS-2 (placas de arcade) e Neo-Geo. A qualidade da emulação impressiona: NES, GBA, CPS-1, CPS-2 e Neo-Geo são quase perfeitos, embora Megadrive e SNES deixem muito a desejar. O firmware pode ser atualizado, bem como os emuladores internos.

Com essa versatilidade, uma comunidade de entusiastas se formou ao redor do aparelho e começou a explorar seu potencial. Surgiram firmwares hackeados, aplicativos para overclock do processador, versões atualizadas dos emuladores inclusos com o aparelho e até mesmo emuladores novos, como os de ColecoVision e Master System/Game Gear.

Logo surgiu também um “port” do Linux (Dingux, escrito pelo espanhol Booboo), e com isso as possibilidades de uso do console se expandiram ainda mais. Emuladores de Megadrive e SNES mais precisos, uma versão do MAME, ports de jogos como Doom, Quake, OpenTyrian e muito mais.

O hardware é bastante capaz, baseado em um processador JZ4732 da Ingenic (um clone de um MIPSII) rodando a 360 MHz (sob underclock, a velocidade nominal é de 400 MHz), acompanhado de 32 MB de RAM e 4 GB de memória flash interna, expansível com cartões MiniSD (sim, MiniSD, não microSD). É poder de sobra para muita brincadeira.

Por fim o preço é bastante convidativo. O console está disponível em uma variedade de revendedores na internet, comprei o meu por US$ 83 no DealExtreme. Fique atento aos impostos de importação, eles variam conforme o humor da alfândega. Eu paguei cerca de R$ 38, mas já vi gente que pagou R$ 110, ou não pagou nada.

Acessórios e qualidade de construção

O Dingoo vem em uma típica embalagem de Media Player chinês, com foto do produto na tampa e uma extensa lista de recursos na lateral. Dentro você encontra o console, três manuais (um em chinês, um em inglês e um livreto em chinês que não consegui identificar), um folheto em chinês, carregador (cópia do carregador do Macbook branco da Apple), cabo de saída para TV (o mesmo usado em celulares da Nokia), fones de ouvido, e um cabo USB, que não é longo o suficiente. Carregador, fones e cabo USB acompanham a cor do console, branco no meu caso. Senti falta de uma “cordinha” para prender o console ao pulso, como existe no DS. Sequer há um lugar no console para você amarrar sua própria.

Console e carregador, cabo USB, fones de ouvido e cabo de TV

Assim que liguei o console, tomei um susto: linhas e barras avermelhadas dançavam sobre a imagem na tela, me fazendo suspeitar de um LCD com defeito. Depois de alguns minutos contemplando a agonia de mandar o brinquedo de volta para Hong Kong e esperar por um novo, notei que o problema era na verdade um mau-contato, aparentemente causado por um parafuso na traseira (debaixo dos pezinhos de borracha) que não havia sido apertado o suficiente. Uma chave philips e 2 minutos depois tudo estava bem.

A placa-mãe do Dingoo em toda sua glória. O LCD fica do outro lado

Dois dias depois o problema se repetiu, e resolvi abrir o console para identificar a raiz. Ajustei a pressão em dois parafusos que ficam ao lado do LCD e prendem o meio da placa-mãe na metade frontal do console (exatamente onde o cabo do LCD fica) e o problema foi resolvido. O console está estável até agora.

Não encontrei relatos de problemas similares na internet, então meu caso pode ser simplesmente “azar”, talvez causado por um ritmo acelerado de produção para atender à demanda gerada pela popularidade. Ainda assim é algo a levar em conta na hora da compra. Eu não me importo em “fuçar” meus produtos, na verdade até gosto disso, e já tinha aprendido o suficiente sobre o console para conduzir o “reparo” por conta própria antes mesmo dele chegar em casa. Sua milhagem pode variar.

Fora este incidente, o Dingoo parece bastante sólido. O “design” é uma cópia descarada da metade inferior do Nintendo DS. Várias lojas na internet o descrevem como “GBA Micro Form Factor”, o que não é correto: ele não é tão pequeno quanto um GBA Micro (graças a Deus), mas é menor que um DS Lite: é mais estreito, mais curto, mais fino e mais leve. Os botões respondem de forma adequada, nem duros nem macios demais, e o console no geral cabe bem nas mãos.

Claro, há alguns pecados de design: não gostei da posição dos gatilhos L e R: em vez de ficar “nos cantos” da parte de cima, como no Nintendo DS, eles estão posicionados mais no meio. Ainda assim, caem bem embaixo das pontas dos indicadores. Não há controle de volume no console (o ajuste é feito com uma combinação do direcional e botão de força) e duas saídas estão mal-posicionadas: a saída de TV, que deveria estar na parte de cima, está embaixo, virada para o usuário. E a de fone de ouvido, que deveria estar embaixo, está na lateral direita. Se você tem um fone de ouvido com plugue “reto”, em vez do comum plugue em L, ele vai ficar bem no caminho da palma da mão, atrapalhando a “pegada”.

O monitor LCD, de 2.8 polegadas, tem resolução de 320 x 240 pixels (perfeita para jogos antigos) e é MUITO brilhante. O nível de brilho 3 (de 5) já é bastante intenso, dá pra usar em 2 (o equivalente ao brilho da tela do DS original) numa boa. O ângulo de visão é bom, assim como a nitidez. Os alto-falantes internos ficam na parte de baixo, virados para o jogador e tem som alto porém meio abafado. Minha recomendação é usar fones, de preferência com controle de volume no cabo (por praticidade).

Meu console veio com a bateria com meia-carga. Segundo vários relatos, uma carga completa rende sete horas de jogo ininterrupto (claro, dependendo do nível de brilho da tela e volume do som). A recarga demorou três horas. Vale mencionar que a bateria não é removível, o que pode ser um problema daqui a alguns anos quando ela inevitavelmente morrer.

Multimídia

Não testei extensivamente a parte de multimídia do Dingoo. Ele tem MP3 Player, Flash Player (só flash 6), Video Player e Rádio FM. O MP3 Player surpreendeu: entre os arquivos de demonstração que vieram na memória do console, músicas em formatos como o FLAC e APE, que ele tocou sem problemas. Mesma coisa com Flash, o clipe incluso (uma animação estranha com porquinhos contando uma história em chinês) rodou direitinho.

Quando o assunto é vídeo, ele também é bastante versátil. Veio com amostras de arquivos em WMV, Real Media e DiVX, que rodaram perfeitamente. Mesma coisa com alguns episódios de anime de minha coleção, em formato DiVX e com resolução de 640 x 480.

Entretanto, com alguns outros arquivos ele se comportou de forma estranha: um episódio de MythBusters (em DiVX, 544×346 pixels) sempre travava, levando o console junto, aos 06:57. Se eu ultrapassasse este ponto (usando o Fast Forward) o video continuava tocando normalmente até a marca dos 17 minutos, quando fechava sozinho, sempre no mesmo ponto.

Pensei que talvez o arquivo fosse um DiVX meio fora do padrão, e o reconverti (mantendo a resolução) com o Visual Hub no Mac, usando o profile “Best Compatibility”. Piorou, agora o arquivo fechava sozinho depois de cerca de um minuto e meio. Só consegui um arquivo “perfeito” convertendo para o profile DiVX Portable.

Ou seja, existe alguma limitação, talvez de bitrate, não de resolução, mas preciso de mais tempo para analisar isto com calma. Por sorte, alguém fez o trabalho por mim, testando as mais variadas combinações de codecs e bitrates possíveis.

A saída para TV é prática: para que levar o DVD Player para a praia, se você pode levar o Dingoo, um cartão de memória e o cabo de TV?

Jogos nativos

Além dos emuladores, o Dingoo também roda alguns jogos nativos (chamados de “3D Game” na interface), aparentemente desenvolvidos pela própria Dingoo Digital e que vem pré-instalados na memória. Alguns são jogos 3D, como o survival horror “7 Days – Salvation”, o jogo de corrida “Ultimate Drift” e o de luta “Decollation Warrior” (eita nomezinho). Outros são mais simples, como os puzzles Tetris (obviamente não licenciado) e “Amiba’s Candy”, um clone de Bejeweled.

No geral, todos tem gráficos e jogabilidade bem simples, equivalentes aos jogos de celular. Curiosamente há vários jogos de Gameboy Advance na memória, que aparentemente também são produções originais. Eles ficam na pasta “Interesting Game” (junto com os emuladores), e os arquivos não tem nomes, mas sim sequências numéricas. Saber qual é qual é questão de tentativa e erro.

Emuladores

Vamos à parte que realmente interessa, e o motivo pelo qual comprei o Dingoo: os emuladores. “De fábrica”, ele emula NES, GBA, SNES, Megadrive, Capcom CPS-1, Capcom CPS-2 e Neo-Geo. O nível de sucesso e precisão varia de acordo com o emulador. Uma curiosidade: para rodar um jogo você não abre o emulador e escolhe a ROM. O processo é o inverso: entre em “Interesting Game” no menu principal, encontre a ROM que você quer jogar e tecle A. O emulador abre automaticamente.

Todos os emuladores que vem com o console tem uma interface mais ou menos padronizada, acessível com a combinação Select + Start. Nas opções é possível controlar volume do som, frameskipping, salvar ou carregar o jogo  e mais.

Um jogo de Gameboy Advance rodando no emulador nativo

NES e GBA são praticamente perfeitos. Há detalhezinhos, como a emulação de som do NES onde os instrumentos parecem soar um pouco diferentes (vejam Castlevania 3 para ter uma idéia), mas nada grave. Rodei Castlevania 3 (que tem uma parte com scroll vertical logo na primeira fase notoriamente difícil de emular), Tartarugas Ninja 2, Super Mario Bros. 3 e outros sem problemas. Mesma coisa com o GBA, mesmo jogos exigentes como Gunstar Super Heroes rodaram perfeitamente, embora alguns poucos jogos (como Super Mario Advance) tenham problemas com saves.

O mesmo pode ser dito para CPS-1 e CPS-2, as máquinas de arcade da Capcom que são “lar” de clássicos como Final Fight, Cadillacs & Dinossaurs e toda a série Street Fighter, de Street Fighter 2 a Street Fighter Alpha 3. Há até “save states” (com direito a screenshot), para que você possa gravar seu progresso e continuar depois. Igualmente, os jogos de Neo-Geo rodam muito bem. Alguns jogos que já tem propensão a “slowdown” no console original, como Blazing Stars, podem mostrar um pouco mais de lentidão no Dingoo, neste caso o utilitário de overclock pode ajudar.

Tanto as ROMs de CPS-1/CPS-2 quanto as de Neo-Geo tem de ser convertidas para poder ser usadas pelo Dingoo. Isso é feito com um utilitário no PC. Para os mais preguiçoso, há locais na internet onde é possível baixar conjuntos completos com todas as ROMs suportadas já convertidas, bastando copiar os arquivos para o console.

O emulador de Megadrive é horrível. Cheio de falhas gráficas que tornam jogos como Sonic impossíveis de jogar. Há uma versão corrigida circulando pela internet que resolve os problemas gráficos, mas ainda assim a velocidade e a emulação de som deixam a desejar. O de SNES é inconsistente: o frameskipper é impreciso, alguns jogos rodam rápido demais (Dracula X), outros devagar demais (Super Mario World). E não há suporte a jogos que usam chips especiais, como Super Mario Kart, Star Fox, Yoshi’s Island e muito mais.

Fora estes há outros emuladores criados por usuários, como o SMSGGoo (Master System e GameGear) e ColeCOO (Coleco), ambos em estágio inicial mas promissores. Bons lugares para acompanhar as novidades em software são a sessão sobre o Dingoo no site DCEmu, o site “não oficial” de suporte e o fórum no freeforums.org

Linux

Outro motivo para o Dingoo ser uma máquina tão interessante é o fato de já existir uma distribuição Linux para ele, o Dingux. Com isso o console se torna muito mais versátil, e o número de softwares, entre media players, jogos e emuladores disponíveis aumenta enormemente. Basicamente, tudo o que roda sob Linux com SDL pode ser portado para o Dingoo.

Um dos melhores "shooters" para Linux agora cabe no bolso

Entretanto, o Dingux ainda é um trabalho em andamento, e não está pronto para substituir o firmware original. Portanto ele roda em um sistema de dual-boot: ao ligar o console o logo do Dingux aparece na tela. Pressione Select para entrar no Linux, ou simplesmente não faça nada para carregar o firmware original. Um sistema não toma conhecimento da existência do outro.

A instalação é feita em duas partes: primeiro é necessário instalar o bootloader no console, o que pode ser feito a partir de um PC com Windows, Linux ou de um Mac. O processo envolve dois comandos no terminal, mas não é complicado e leva apenas alguns minutos. Depois disso, basta copiar os arquivos do Dingux, kernel (zImage) e sistema de arquivos (rootfs) para um cartão MicroSD.

Note que há duas versões do kernel, já que há duas versões diferentes do hardware do Dingoo no mercado: a mudança está no chip controlador do LCD. Usar a versão errada vai resultar em “lixo” na tela quando você tentar bootar o Dingux. Para descobrir a versão correta entre no firmware original, vá em System Set | System Setup | About. Nesta tela, digite a sequência cima, direita, baixo, cima, direita, baixo. Uma tela branca com texto preto vai surgir, anote o que está escrito em LCD Module. Todos os Dingoos mais recentes vem com o controlador ILI9331.

Mas o Dingux, por si só, é só o kernel Linux e um sistema de arquivos com ferramentas e bibliotecas básicas (como a SDL) de que os aplicativos vão precisar para funcionar. Para poder brincar você vai precisar de uma interface gráfica (dmenu), os emuladores (como o PicoDrive para Megadrive, Mame4All para arcade), e ports de jogos de PC (como Doom e Duke Nukem) que quiser jogar, além de scripts para ajuste de brilho da tela, volume de som, etc. e tal.

Por sorte alguém resolveu facilitar todo este trabalho e criar o “Dingux Quick Start Pack“, um pacotão com tudo o que você precisa. Basta descompactar o arquivo na raiz de um cartão MicroSD, colocar no Dingoo e rebootar no Dingux. O menu é arranjado de forma similar ao menu do firmware original (que por sua vez é arranjado como o XMB do PlayStation 3/PSP), e pode ser tematizado. Tudo é configurado com arquivos texto (.cfg), possibilitando que você arrange os menus a seu gosto.

No Dingux as coisas ficam bem mais divertidas. O Mame4All permite rodar clássicos como Pac-Man, Galaga e New Rally-X. Kobo Deluxe é um shooter em estilo arcade imperdível (também disponível para Linux “de mesa”. O PicoDrive é bem mais rápido e preciso que o emulador nativo, mas tem alguns probleminhas de compatibilidade. Gunstar Heroes, por exemplo, não roda, e Shinobi 3 tem problemas com a tela de abertura.

Fora estes jogos, todo o resto que testei funcionou bem (inclusive jogos intensos como Alien Soldier). Um detalhe curioso é que o PicoDrive permite controlar o clock do processador dentro do próprio emulador. Eu deixo ele em 400 MHz, sem problemas. Nesta velocidade, todos os jogos rodam a “full speed”, mesmo ativando algumas opções mais pesadas do emulador. Ah, e o PicoDrive roda jogos de SegaCD, embora no momento sem suporte a trilhas de áudio em MP3.

Considerações finais

O Dingoo é um console extremamente interessante, e que tem potencial pra ser muito mais. Não é, de forma alguma, um aparelho “plug-and-play” como o Nintendo DS ou o PSP: se você espera tirá-lo da caixa, se sentar no sofá e passar horas se divertindo vai se frustrar. Antes disso é necessário algum esforço para “preparar o terreno”: converter os jogos, atualizar os emuladores, instalar o Dingux. Aí sim a diversão começa.

Ou seja, é algo para quem gosta de fuçar. Se essa é a sua praia, com certeza você vai gostar do Dingoo. E apesar do produto ter suas falhas, eu adorei. Como disse um outro review que encontrei na rede, ele é “uma jóia imperfeita”.

84 thoughts on “Análise: Dingoo Digital A320

  1. Eu ouvi dizer que não se pode deixar a bateria do Dingoo descarregar completamente, porque elas são feitas de ION DE LITIO. Sendo assim, ela funcionaria por ciclo, quando a bateria acaba por completo, ela completa um ciclo e, ela dura aproximadamente 100 ciclos. É verdade?

    • Não sei quantos ciclos dura a bateria de um Dingoo, mas com baterias de lítio a recomendação é não deixar descarregar completamente. Você da um ciclo completo de vez em quando, e no resto do tempo completa quando ela estiver com a carga baixa

  2. Muito bom o post ! comprei um dingo e chegou esse fim de semana, joguei muito com meu filho, é muito legal mesmo !

  3. Pingback: Análise do Dingoo « Revil Games

  4. Parabens, você disse tudo o que eu queria saber, comprei o meu a uma semana e estou ansioso para usa-lo. Mas não entendi “espera tirá-lo da caixa, se sentar no sofá e passar horas se divertindo”. Na verdade eu esperava!

    • Victor, é como eu disse: você precisa perder um tempinho baixando as ROMs, emuladores e afins, especialmente se quiser brincar com o Dingux. Mas depois que estiver tudo no lugar, aí sim é só sentar no sofá e se divertir.

  5. Primeiro lugar, parabéns pela matéria, muito bem escrita e bastante detalhada. Ficou tão boa que encomendei o meu Dingoo pelo DealExtreme faz poucos minutos. Enquanto espero ele, gostaria de aproveitar e fazer uma pergunta. É possível usar ele enquanto esta carregando (ou funcionando pelo cabo de energia e não bateria)? Pergunto isso por que uma das minhas aplicações é usar ele como tocador de vídeos utilizando a saída para TV, que algumas vezes pode ser por períodos longos. Outra pergunta, com o Dingux, o porta USB pode ser usada para conectar, por exemplo, um teclado e utilizar ele normalmente? Grato pela atenção.

    • Henrique,

      Dá para usar o Dingoo enquanto carrega, sem problemas. Quanto à porta USB, não dá para usá-la para plugar um teclado pois o Dingoo não tem o hardware necessário no controlador USB para “conversar” ativamente com outros periféricos.

  6. muito bom esse artigo parabens, na minha opnião o dingoo quase “perfeito”, claro considerando o preço né ,já tenho o meu =D .Só peca por ñ rodar .MP4 e no meu caso os videos no formato RMVB rodam sem som, algem poderia me dar uma LUZ nesse caso !?

  7. nossa muito foda, estou jogando super nintendo como nunca, roda muito bem donkey kong 1 , 2 e 3, roda otimo mario, e roda também bastantes hacks de mario que é bem divertido, isso no sistema nativo, agora vou se instalo dingux pra ver quantas andas o psx4ll, mame

  8. Olá! Ótimo rewiew, foi um dos que me levou a comprar o aparelho.
    Ontem recebi meu Dingoo, mas acho que fui enganado, ele não tem a pata do cachorro e não veio com a opção de jogos 3D, só tem jogos do GBA nele, também não veio o cabo para ligar na TV. Será que é outro aparelho usando a carcaça do Dingoo ou poderei instalar outros jogos nele? Por favor, me ajude Grato,
    Luiz Miguel

    • Luiz, não creio que seu Dingoo seja um “clone”. Dingoos sem a “pata” são comuns, parte de um lote novo de consoles, mas não ouvi falar sobre a ausência do cabo de TV. Em todo caso, qualquer cabo de TV de celular Nokia serve. Quanto aos jogos 3D, podem ser baixados da internet em sites como http://bit.ly/9RMpEv.

  9. Oi, o cabo de saída para TV da Nokia funciona no dingoo? Se sim, que modelo deve ser?!
    Isso pode ser muito útil pq o cabo AV que vem além de ser muito curto logo irá estragar devido ao fato de ele se dobrar por estar na parte inferior do aparelho!

  10. Rigues, sei que você é um cara ocupado e tudo mas, uma vez que este review é de Agosto de 2009, não dá pra você soltar mais uma review do Dingoo, mas em um formato ‘diff’? Comentando o que mudou, se o Dingux deu uma evoluída, se você fez uns updates no firmware original e se algo melhorou, sei lá .. 🙂

    Parabéns pela aquisição, review, morrendo de inveja 😛

  11. Obrigado ia meu chará comprei meu dingoo estou no aguardo, quem sabe um dia o dingoo emule perfeito snes com chips.

  12. rafael
    será que roda perfeito donkey kong country de snes, cresce jogando isso, e os roms hacks de snes de mario ainda não testou

    • Rafael, o emulador de SNES que vem com o Dingoo é muito ruim. Mas com o Dingux (Linux para o Dingoo), Snes9x e um pouquinho de overclock (400 MHz, opção do próprio emulador) Donkey Kong Country, Super Mario World e seus hacks rodam bem.

  13. O dingoo A320 é uma maravilha, quem quiser comprar pode comprar com fé, os emuladores CPS1, Neo Geo são uma maravilha, Nes, GBA tb, o do Mega e Snes se vc controlar o Fps a maioria dos jogos ficam uma blz tb, os videos em real com legendas embutidas rodam normalmente, resumindo comprem, comprem eu adorei, o unico problema é vc ficar viciado..

  14. Olá, Rafael! Eu já havia lido o DataSheet e também não encontrei.
    Eu também tenho outra dúvida que esta com certeza você poderá sanar: qual o comprimento do cabo AV?
    Valeu pela ajuda e paciência.

  15. Belo review de um belo aparelho.
    Procurei em vários lugares e não encontrei e talvez o colega possa me responder: qual o processador gráfico do Dingoo? Estou bastante interessado nele, mas ainda estou em dúvida pois não sei se o processador gráfico seria um fator limitante.

  16. Olá!

    Muito bom o artigo e fiquei bastante animado de comprar um. Estou vendo que também existe uma opção mais cara que é o GP2X Wiz. Você chegou a pesquisar sobre ele? Pelo que andei vendo, apesar do hardware melhor, o preço não compensa ($170, frente aos $83 do Dingoo). Você achou o mesmo?

    Abraço!

  17. Tudo bom Rafael?
    Muito bom o seu post.
    Eu e meu mano gostamos muito de retro-games e ficamos na fissura de comprar uns briquedinhos desses pra gente… =)
    Queria tirar umas dúvidas contigo:
    Vc comprou pela DealExtreme, né? Foi tudo tranquilo?
    As taxas de importação foram pesadas? Se eu comprar 2 Dingoos, logicamente a taxa será dobrada, correto?
    Abraços!!!!

    • Aécio, recebi 2 Dingoos pelo correio outro dia e a taxa de importação foi a mesma de um aparelho só, R$ 38. Pelo jeito, a DX declara sempre o mesmo valor, não importa o conteúdo do pacote. Mas atenção: um dos consoles que recebi veio com defeito, e está em processo de troca. Eles trocam na boa, mas demora. Paciência é uma virtude.

  18. Pingback: links for 2009-09-25 « Doze:12

  19. Muito boa a análise!

    Rigues, eu tenho um site sobre jogos velhos de videogame, o Gagá Games, e queria colocar por lá uma reportagem sobre o Dingoo, focando no uso de emuladores no portátil e em outros pontos de interesse para os gamers da antiga, como o layout dos botões, clareza da tela e coisas do tipo. Você estaria interessado em fazer um post especial para o Gagá Games sobre o assunto, ou saberia indicar alguma pessoa que conheça bem o Dingoo e que esteja interessada em fazer isso?

    Um abraço e parabéns pelo blog!

  20. Parabéns pelo post! Como nunca comprei desta maneira fiquei com a dúvida:
    Como é cobrado o imposto de importação? é na hora da entrega?
    Valeu!

    • Eduardo, você recebe em casa um formulário dizendo que a encomenda chegou, onde retirar e quanto de imposto é devido. O valor é pago na agência dos correios, no momento da retirada.

  21. Rafael, parabéns pelo post, agora sim estou convencido e vou comprar um Dingoo ( =D ), mas eu discordo da sua afirmação em relação a bateria, pois, daqui a alguns meses já teremos à venda a bateria de reposição, sem falar que podemos adaptar outras baterias de aparelhos já existentes com formato semelhante (eu por exemplo, adaptei uma bateria de rádio Nextel em um mp7 Vaic a968, e funfou blz).
    Outra coisa, só por curiosidade: O q vc quis dizer com “Sua milhagem pode variar” na parte ond vc falou do LCD com defeito?

    • MSD Santos, minha afirmação sobre a bateria se refere ao fato de que provavelmente não poderemos contar com o fabricante em alguns anos. Claro, adaptações e alternativas sempre vão existir, tem gente que mantém micros Tandy Model-100 rodando como “máquinas de escrever” portáteis até hoje, anos após a falência da Tandy 🙂

      Quando ao LCD, é uma simples menção ao fato de que eu não ouvi mais pessoas reclamando do LCD, mas _o meu_ veio com um defeito. Outros podem vir, podem não vir. Pedi mais dois dingoos (meu enteado ficou louco num, e o sobrinho também se interessou), quando chegarem vou poder ter uma idéia se é um problema congênito ou se fui só azarado mesmo.

  22. Pingback: Você já ouviu falar do Dingoo? | Guanabara.INFO

  23. e aew rafael!
    cara meu dingoo chegou há uma semana… tow viciado…
    mas hj eu fui tentar rodar um arquivo com extensão mp4 nele e não rodou, eram uns videos q eu havia baixado do google video…
    não entendi pq não rodou, vc sabe explicar?
    vlw!

  24. O Mini-SD WIFI levanta duas perguntas:

    1) Onde ficaria o Dingux? Pq, ao que parece, esse cartão Wi-fi não tem memória; ou seja, para usar o Wi-fi teria que se criar um .app no firmware original…
    2) A questão da compatibilidade do cartão com o Dingoo, já que no site apontam que há celulares não-compatíveis.

    Só para fomentar a discussão. Aproveitando, excelente post, Rafael! Vc foi um achado no twitter rs

    • Zolini, respondendo às suas perguntas:

      1) Nos 4 GB de memória interna. Mas isso só depois que o Dingux estiver “maduro” o suficiente para se tornar um substituto do firmware original, segundo Booboo.
      2) Com certeza é algo no que pensar. Provavelmente haverá uma lista de “cartões compatíveis” para quem estiver interessado em brincar.

  25. Ah amigo, me esqueci… Parabéns pelo review. Excelente! Pelo visto, além de também ter um interesse notável em “brinquedinhos” como esse, você conhece a série Castlevania. É, inevitavelmente temos algumas coisas em comum. É ótimo saber que não estou sozinho neste mundo [rs]. Abraços.

  26. Olá amigo, como vai? No review, diz-se que o Tetris provavelmente não é licenseado, porém, pelo contrário ele é o Tetris genuíno que fora portado oficialmente para o Dingoo A320 e o Gemei x760+. Só para fins informativos. Abraços.

    • Fábio, por “licenciado” eu quis dizer aprovado pela “The Tetris Company” (que detém os direitos do jogo) e pagando royalties. Se foi isso que você quis dizer, adoraria saber de onde veio essa informação 🙂

  27. Oi rafael, dei uma pesquisada basica no google encontrei isso: http://www.buygpsnow.com/spectec-mini-sdio-wifi-card-802-11b-sdw-822-mini-sdio-wireless-lan-retail-package-612.aspx

    ou seja, estou vendo possibilidade de testarem ele no Dingux, o boobo falou pro pessoal que está afim de usar wifi, que precisa de doações para poder comprar um miniSDIO Wifi desse e começar a testar…

    apesar do Dingoo não possuir um teclado, acho perfeitamente possível fazer um teclado virtual, portar um navegador ou fazer um próprio e começar a usar ;D

    imagine as possibilidades e o tamanho do sucesso…

  28. O seu review é meuito bom. To com muita vontade de comprar um. É uma pena que todo o potencial do Dingoo não seja aproveitado pela empresa que o criou. O dingoo tem os botões L e R?

  29. o Rafael, com entrada miniSD pode comprar um adaptator Wifi e testar com o Dingux Linux, acho que da pra fazer funcionar…

    • Vinicius, o Booboo (que desenvolve o Dingux) ainda não fez nenhum teste com SDIO (a tecnologia usada nestes adaptadores), mas sabe-se que o controlador SD embutido na CPU do Dingoo tem suporte a isto. Mas não me lembro de nenhum cartão miniSDIO, todos os que vi (mas faz tempo) eram SD “comuns”. Nesse caso não vai caber.

      Ah, o Dingux TEM suporte a networking, via USB usando um PC como intermediário. Está em estado experimental, mas existe.

    • Rafael, boa pergunta. Não tenho nenhum miniSDHC para testar (meu cartão é de 2 GB), mas tenho alguns microSDHC e um adaptador. Vou fazer o teste e respondo à pergunta.

  30. Oi, Rafael. Tudo bem?

    Eu vi que vc disse que não sabe o que é o outro livreto…
    Pelas fotos, eu vi que estava escrito “数码播放器保用卡”, traduzindo: “cartão de garantia do console digital”.
    Espero ter ajudado um pouco.
    Parabéns pelo post! Muito bom!

    Um abraço e muita diversão com seu brinquedinho novo!

    Juliano

  31. Muito legal o artigo. Estou com uma dúvida sobre leitor de pdf, ebooks e outros textos. Como é a compatibilidade?

    Abraço e excelente trabalho!

  32. Pingback: US$ 83: Rigues analisa o Dingoo A320 – portátil, emuladores variados, jogos, Linux, filmes, música e mais

  33. Muito interessante o review e parabéns pela bela aquisição 😉

    Só fiquei com algumas dúvidas:
    1) Tem suporte a legendas quando usado como video Player ?
    2) A resolução do LCD é 320×240, mas e na televisão, ele também usa essa resolução? Na sua opinião fica bom ?

    Fiquei realmente tentado a pegar um desses, ainda mais com linux 😉 Fico imaginando se tem como botar um miniSd Wifi, hehehehe

    • Lindomar, não testei legendas mas pelo que ouvi não há suporte. Jogos ficam bem na saída de TV, mas ainda não testei vídeos. Faço isso e atualizo o texto 🙂

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