Como montar seu Mega Drive Mini

Quando a Sega anunciou que pretendia aproveitar a onda retrô e lançar um Mega Drive Mini em parceria com a AtGames fiquei bastante preocupado, já que a empresa não é conhecida pela qualidade ou precisão da emulação em seus produtos. Felizmente a Sega “viu a luz”, chutou a atGames e deixou o projeto a cargo da M2, uma empresa japonesa especializada na modernização e adaptação de jogos antigos para novos sistemas.

E pelo que temos visto na internet a M2 está caprichando: música de Yuzo Koshiro nos menus, uma bela seleção de jogos, uma nova versão de Tetris (um dos jogos mais raros no Mega Drive) e até um port inédito de Darius, shmup da Taito que fez muito sucesso nos arcades. Tudo indica que o Mega Drive Mini vai ser um pacote imperdível para os fãs do console.

Caixa do Mega Drive Mini: espero que seja provisória, porque é BEM feinha…

Mas você não precisa esperar o console da Sega para se divertir novamente com os jogos do Mega Drive. Com um Raspberry Pi, alguns acessórios e software gratuito você pode montar o seu próprio Mega Drive Mini, tão bonito e funcional quanto o original. Basta seguir este meu passo-a-passo.

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The misterious SEGA Mega Drive/Genesis clone

About 4 years ago I found an unusual Sega Mega Drive/Sega Genesis clone. It all started when I bought at an online auction in Brazil what was described as a “Japanese Sega Mega Drive 2”. This is the best looking Sega Mega Drive/Genesis model IMHO, and the idea was to use the case for a Raspberry Pi project. When it arrived, it looked like this:

The "Japanese Sega Mega Drive 2"

At first glance, it was an ordinary Mega Drive…

Sadly, it was dead on arrival. But since it was cheap and I wanted just the case, I didn’t care. The motherboard was tossed on the parts bin and I went on.

Fast forward some two and a half years. I was looking for a weekend project to let off some steam after a rough week and found the board. A quick inspection revealed the defect: a bad solder joint on one of the voltage regulators. After applying some fresh solder to the joint, the board started working again.

But I soon found out that it was not “Japanese”: a JP Bare Knuckle 2 cartridge was rejected with a TMSS warning screen. “Weird, a Japanese console should not reject a Japanese cart”. Red Flag One. “Let’s take a closer look, and see if I can do a region switch”, I thought.

The motherboard is a really good-looking one. Good quality solder joints, clean layout, discrete components for the M68K/Z80 and RAM from reputable brands (Motorola, Hitachi, Sony and NEC), a Sony CXA video encoder, an expansion connector, etc. Odd thing was: no SEGA copyrights anywhere, nor any indication of the revision/model (VA0, VA1, etc…). Red Flag Two.

Board overview

Overview of the board. Ignore the colored wires, back panel and big caps on the upper left side, there are mods I made.

OK, let’s check the PCB Revisions page on Sega Retro… and nothing matches. Then, something caught my eye: the ASIC with the VDP and audio processors was marked as
23C676 – JCDG. Definitely not a SEGA part, as those start with the 315- prefix and have the SEGA name on them. Red Flag Three! Ladies and Gentleman… we have a clone!

There is a sticker dating the board to June 26, 1995, and next to it K-1117 is inscribed on the ground plane. The question is: who would spend the energy and money to create such a high-quality clone, so late on the system’s life? Clones are usually “barely functional” and made in the cheapest way possible to maximize profits. None of that is true here.

Board IDs

Seems that the board was manufactured in 26 June, 1995. K-1117 may be a model number.

Without a box or more info, we may never know the answer. But at least we can try to document what we know, so others with this board can follow our lead. All this information was gathered by the observation of two boards, one owned by me and the other by my friend Carlos Rodrigo. Huge thanks to Carlos for some of the pictures and the jumper mappings.

Hardware description

This is a two-layer, fiberglass board. Clean layout, with good quality solder joints, very different from cheap NES clones. Many components are discrete:

Board layers

The board is made of fiberglass and has two layers. Photo by Carlos Rodrigo

Also dual ST Micro L7805CV voltage regulators, Dual Daewoo DBL324 quad op-amps, MCO 1415B oscillator rated at 53.693175 MHz, assorted discrete components. All electrolytic caps are from Wendell, a Taiwanese company. They are listed as “Bad Caps”, but none of them show signs of leakage.

23C676 Specifics

The 23C676 ASIC seems to be a clone of one of the “315-” ASICS by SEGA, which one is not clear. Since the Z80 is discrete, it could be the 315-5847, 315-5660, 315-5700 or 315-5708. Under the “model name” the code JCDG (on my board) or JDDD (on Carlos’s one) can be seen, maybe a mask revision? Carlos was kind enough to dessolder the chip from his board, and under it he found the code 4A091-A056.

23C676 ASIC, Front and Back

Besides JDDD, the chip was also found with the code JCDG. Maybe a mask revision? Photo by Carlos Rodrigo.

Jumper Settings

There are a number of jumpers on the board. Carlos mapped the effects of each one as follows:

Jumper Settings

There are 5 jumpers on the board. J3 is a region/language switch.

Compatibility tests

Carlos reports that the board if fully compatible with the Power Base converter, Sega CD, Virtua Racing and the SEGA 32X. It also worked fine with Everdrive cartridges. For all purposes, this is a fully featured Sega Mega Drive. Nothing seems to be missing.

I removed the Model 2 A/V Out port on mine, and replaced it with a set of more standard connectors: a DE-15 for RGB (connected to a GBS-8200 modded with the GBS-Control firmware) and RCA connectors for composite video and stereo audio.

I had issues with RGB video on a “stock” GBS-8200: the board was not able to correctly position the image on the screen (requiring a manual adjustment) and the last 64 or so lines of the image wobbled constantly. With GBS-Control the positioning issues are gone and the image is rock solid. I do not know if this is the result of the original firmware not liking the Mega Drive output, or if the signal is slightly “off-spec” and the new firmware can better deal with it.

Do you have more info?

If you have any more information about this Sega Mega Drive / Genesis clone, please leave it on the comments below. I am specially interested in box/manual scans that could help us determine where it came from.

Consertando o som do MD Play: Parte 2

Boa notícia para os proprietários do MD Play: a dupla Neto e Rafael Muller, que está trabalhando em melhorias de som e software para o Novo Mega Drive, lançou uma versão de seu bootloader compatível como o Mega Drive portátil da TecToy. Com isso o aparelho tem uma melhoria drástica no som, que fica muito mais próximo do console original, o que torna a experiência de jogo muito melhor. A instalação é muito fácil e não modifica permanentemente o console, mas será necessário mudar a estrutura de pastas do cartão. Basta seguir os passos abaixo.

Montando o cartão

  • Baixe a versão mais recente do MDI (Mega Drive Init) na página do Neto. No momento em que escrevo isso, é a Neto_MDI_1_09a.rar.
  • Descompacte o arquivo no HD de seu computador. Você terá 8 arquivos com a extensão .bin. Descarte o MDI.bin (que é para o Novo Mega).
  • Crie as pastas TECTOY e GAME na raiz do seu cartão SD.
  • Na pasta GAME do cartão, coloque o arquivo Neto_Boot_Loader.bin
  • Dentro da pasta TECTOY crie as pastas DATA e ROM
  • Dentro de DATA, coloque os arquivos ROM1.bin a ROM6.bin.
  • Dentro de TECTOY/ROM, crie as pastas ROM1, ROM2, ROM3, ROM4, ROM5 e ROM6.
  • Coloque as suas ROMs (com extensão .bin ou .md) dentro destas pastas. Para facilitar a navegação, eu costumo colocar no máximo 30 ROMs por pasta, mas já coloquei quase 100 sem problemas.

Carregando o novo menu

Com o cartão preparado, coloque ele em seu MD Play e ligue o console. Ao ver o menu inicial, pressione Esquerda, selecione a opção SD Card e pressione Start. Você verá uma tela com apenas um “jogo” listado, o Neto_Boot_Loader. Aperte Start para carregar o novo menu.

Antes de carregar um jogo é possível definir opções como a frequência da tela para os jogos Europeus.

Surge uma tela inicial, com algumas opções de configuração. Aperte B para ativar o modo Europa 60 Hz, ou em alguns jogos o LCD pode sair de sincronia (imagem “rolando”). Em alguns segundos o menu do Novo Mega Drive apacerá na tela.

A partir daí basta selecionar a pasta ROM com seus jogos e o jogo que deseja jogar. Start inicia o jogo, como no menu original. Sempre que você apertar o botão Menu o console irá voltar para o menu de fábrica, então você terá de repetir o procedimento para carregar o novo menu do início.

O menu é o mesmo usado no Novo Mega Drive

Assim que conseguir fazer uma captura decente, posto aqui um “antes e depois”. Mas vá por mim, essa modificação é essencial para qualquer proprietário do MD Play.

Raspi Boy: monte seu próprio console portátil

Montar um console portátil a partir de um Raspberry Pi não é novidade: bastam 5 minutos no YouTube e você encontra dezenas de vídeos com tutoriais, geralmente “canibalizando” a carcaça de um Gameboy e com uma boa dose de trabalho manual regado a solda, cola quente e fios por todo lado (essa é a parte divertida). Mas quem gosta da idéia de um “retroportátil” e não quer “sujar as mãos” começa a encontrar opções bem interessante, como o Raspi Boy.

raspi boy

Trata-se de um kit completo para montar seu retroportátil. Inclui o gabinete em plástico (baseado no molde de um controle de SNES), tela LCD TFT de 3,5″, botões e placa para o controle, circuito de carga da bateria e a própria bateria. Basta adicionar um Raspberry Pi Zero ou Zero W. E o mais legal é que zero solda é necessária, todos os componentes são simplesmente encaixados. A operação mais complexa aqui é apertar os parafusos para fechar o gabinete. Saca só:

O kit básico do Raspi Boy custa 69 Euro na 8b Craft. Ah, se eu tivesse grana…

Consertando o som do MD Play

ATENÇÃO: Este post está desatualizado. Clique aqui para conhecer uma solução muito melhor para o som do MD Play.

Há cerca de 8 anos a Tec Toy lançou no Brasil um produto bastante interessante: o MD play, um Mega Drive portátil. Muito menor que um Nomad, com uma boa tela colorida e baterias que duram mais do que 45 minutos, parecia a forma ideal de levar os jogos favoritos do Mega Drive para onde quiser.

Só tem um probleminha: o som do MD Play é horrendo. Não sei como a TecToy deixou passar isso, mas boa parte das músicas toca uma oitava abaixo do que deveria, e o PSG (chip responsável por vozes e efeitos sonoros) está distorcido. Para um console com muitas músicas memoráveis, é um pecado mortal.

tectoy md play

O MD Play da TecToy. MegaDrive de bolso, mas som deixa a desejar.

Comprei um MD Play há cerca de 2 anos esperando usar a carcaça para um Raspberry Pi portátil, mas o projeto nunca foi pra frente e ele ficou guardado numa gaveta. Até que nesta semana, vendo alguns vídeos sobre melhorias de som feitas no Novo MegaDrive da TecToy, vi uma menção a uma solução similar para o MD Play feita por um desenvolvedor russo e resolvi experimentar.

E não é que funciona? O som, embora ainda não seja perfeito, fica muito mais próximo ao original do console, e com isso a experiência de jogo fica melhor. E o mais legal é que a “modificação” é feita puramente em software e reversível se você não gostar do resultado. Veja como fazer:

Preparando o cartão de memória

  • Baixe este arquivo, que contém uma versão corrigida da BIOS/Menu usada no MD Play.
  • Retire o cartão de memória de seu MD Play e coloque ele em seu PC.
  • Renomeie a pasta GAME do cartão de memória, onde estão seus jogos, para ROMS.
  • Crie uma nova pasta GAME no cartão de memória.
  • Descompacte o arquivo baixado e copie o arquivo MenuForced_20111026.bin para dentro da pasta GAME no cartão.
  • Ejete o cartão do PC e insira em seu MD Play.

Usando o novo menu

  • Ao ligar seu MD Play, ele vai mostrar o menu padrão de fábrica. Aperte Direita duas vezes, selecione a opção SD Card e aperte Start.
  • O console vai mostrar um menu com um fundo amarelo e apenas um “jogo” no cartão, o MenuForced_20111026.bin. Selecione-o com Start.
  • A mensagem Loading Game vai aparecer na tela por alguns segundos, e o console vai aparentemente voltar pro menu principal. Não se preocupe, está tudo certo: na verdade esse já é o novo menu corrigido. Selecione SD Card e aperte Start.
  • O console agora vai mostrar todos os seus jogos que estão na pasta ROMS. É só escolher um, apertar Start e jogar.

A diferença na qualidade do som é bem clara. Compare, por exemplo, a música da 1ª fase (Green Hill Zone) de Sonic 1 com a BIOS original e com a nova versão. Ou então Idaten em Shinobi III. A solução não é perfeita, aqui e ali você pode notar algumas diferenças no áudio ou notas “dissonantes”, mas é um grande avanço em relação à BIOS original.

Este truque só tem um porém: o novo menu não consegue carregar os jogos da memória interna do aparelho, o console mostra apenas uma tela preta. A solução é carregar estes jogos no menu original (o que aparece ao ligar o console) ou então colocar uma ROM do jogo na pasta ROMS para jogar com o som corrigido. Divirtam-se!

Casemod rápido num Dingoo

O Dingoo preto do meu enteado (Gabriel) morreu “afogado”, e resolvi aproveitar o que dava como peças sobressalentes. Olhei pros botões pretos, pro meu Dingoo branco, lembrei do meu DS “Stormtrooper” e não deu outra. Cinco minutos depois nascia isso aqui:

E nem é preciso sacrificar um Dingoo preto para fazer o mod. O Dealextreme tem carcaças pretas avulsas, por apenas 16 dólares e frete grátis.

Máquina de Arcade: Gambiarra I

Segundo passo nos meus planos de dominação mundial, ops, construção de minha própria máquina de arcade: transplantar os componentes para um “gabinete” temporário para que eu possa deixá-la montada em um canto e facilitar os testes. Afinal de contas limpar a mesa da cozinha, pegar a placa, a fonte, o HD, ligar tudo, catar o monitor do Gabriel, etc e tal não é produtivo.

O plano: dar um pulo em uma loja de materiais para arte, comprar placas de MDF (um tipo de compensado, mais resistente) e montar um caixote para abrigar os componentes. Mas minha preguiça, combinada ao mau-tempo constante em São Paulo nos últimos meses, interferiu e resolvi não sair de casa.

Plano B: seguir o conselho do Leandro Pereira, que disse no Twitter: “monta dentro da caixa”. Faz sentido, a placa-mãe veio dentro de uma caixa de papelão razoavelmente resistente e do tamanho certinho. Não caberia a fonte, mas ela é bem protegida e pode ficar externa, nem o HD, mas para testes iniciais um pendrive de 16 GB dá e sobra. Então mãos à obra!

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Máquina de Arcade: Está viva!!

As peças para o gabinete chegaram na segunda pela manhã, e corri para casa no final do expediente para poder brincar pelo menos um pouco com elas. Montei tudo, espalhado mesmo, sobre a mesa da cozinha aproveitando um teclado e mouse velhos que achei em um canto e o monitor LCD do micro do Gabriel. Para ver se funcionava, tasquei um pendrive com o Ubuntu 9.10. E não é que funcionou de primeira?

Gostei do desempenho do Atom 330 no geral: a máquina é silenciosa e “esperta”, responde rapidinho sem te deixar esperando. Infelizmente, os testes com o SDLMame desapontaram: o desempenho em um Atom dual-core não foi muito superior ao em um Atom single-core (no meu Dell Mini 9): Neo*Geo roda a 100% com frameskip zero, mas Out Run chega a só 60% da velocidade (e som sempre ruim).

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Máquina de Arcade: Testando software

As coisas não saíram exatamente como o esperado, e as peças para a máquina de arcade não chegaram na sexta-feira. Com isso, os testes que eu tinha planejado para o fim de semana com o hardware “real” foram por água abaixo. Mas nem tudo foi perdido.

Aproveitei a manhã de sábado para visitar algumas lojas na vizinhança de casa em busca de chapas de MDF para um gabinete improvisado, mas não tive sorte. E a preguiça me impediu de me aventurar mais do que alguns quarteirões além de casa, portanto a ida à Leroy Merlin mais próxima ficou para depois.

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Projeto de férias: máquina de arcade

Gabinete "Bartop"Se tudo sair como planejado (e isso é raro) entro em férias em pouco mais de duas semanas, pela primeira vez desde… caramba, desde 2001. É, eu sou louco mesmo, mas isso não vem ao caso (será?).

O que importa é que preciso de um projeto para me manter ocupado durante este período. Já tentei “projetos de verão” antes, mas a maioria foi por água abaixo por falta de tempo, e pela primeira vez este fator não vai estar contra mim. Então decidi tocar uma idéia que tenho na cabeça há MUITO tempo: montar minha própria máquina de arcade (ou, como chamavam na minha terra, “fliperama”). Não, não é essa da foto.

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