Exposição Star Wars

Passeio (um dos muitos) do fim de semana: uma visita à “Exposição Star Wars” no Ibirapuera, aqui em SP, com namorada e amigos. A entrada é salgada (R$ 30 adultos, R$ 15 crianças) mas vale a pena, especialmente para os fãs da saga. Entretanto já aviso que os fãs hardcore, aqueles que sabem até o nome de solteiro da mãe de cada envolvido na produção, vão se decepcionar, já que pra eles não há “novidade” suficiente.

Pontos altos: as roupas de Boba Fett, Chewbacca, Han Solo, Leia (do Episódio V) e Anakin (Episódios I, II e III), além de uma incrível maquete de um Imperial Star Destroyer e modelos em tamanho real de naves usadas nos Episódios VI (uma Speeder Bike), II (um Airspeeder) e III (o caça de Anakin na batalha de Coruscant).

Omissões imperdoáveis: nada, a não ser um storyboard, da Estrela da Morte, nem do Imperador Palpatine/Darth Sidious (fora o sabre de luz). Parece que ambos os “personagens” sequer fazem parte da história.

Coloquei uma galeria com 60 imagens no Flickr. Clique na amostra abaixo para visitar.

Exposição Star Wars Brasil

Quad-core? Que nada, o quente é um “80 core”

Wafer com processadores de 80 núcleos

Vai um processador com oitenta núcleos aí? Isso é um dos projetos nos quais a Intel está trabalhando, como parte da sua iniciativa “tera-scale computing”, apresentada a nós por Jerry Baltista. Só existem 5 destes wafers em todo o mundo, e cada um deles contém cerca de 60 processadores completos, com 80 núcleos cada um (sim, dá pra contar, e eu conferi :P).

Os 80 cores marcados
Cada ponto vermelho é um núcleo

Não são processadores x86 ou Itanium, na verdade são processadores muito simples, apenas para testar o conceito. Mas é um gostinho do que pode estar dentro do seu desktop em um futuro próximo.

Agradeço ao colega Mario Nagano por ser o “hand model” na foto 🙂

Feliz Aniversário, Apple ][!

Crédito: vintagecomputing.comOntem, 05/06/07, o Apple ][ completou 30 anos. Não, eu não esqueci a data, só não arranjei tempo para postar sobre o assunto. Nem poderia esquecer, afinal comecei no mundo da informática com um Apple ][. Um clone do Apple ][e, para ser mais preciso, um TK3000 IIe com 64K de RAM e uma unidade de disco. Na época, era o equivalente a ter um PC com um Core 2 Duo e um gravador Blu-Ray, acreditem 🙂

O Apple ][ leva o crédito por ser o primeiro computador para as “massas”. Vinha já montado em um elegante gabinete plástico, com tudo o que você precisava para rodar, inclusive o teclado. Na época, ainda eram muito comuns os computadores na forma de “kit”: compre as peças, monte você mesmo e reze para funcionar. Ele também foi uma das primeiras máquinas do mercado com um drive de disquetes por um preço acessível, e lar do primeiro sucesso estrondoso no mundo do software: a planilha de cálculo Visicalc, pioneira no mercado. Inicialmente exclusiva para o Apple ][, no auge de sua popularidade contadores e gerentes financeiros compravam o micro só para poder rodar o Visicalc.

Tão versátil e popular era o Apple ][ que, mesmo com a chegada de máquinas mais poderosas, como o Macintosh e Amiga, a Apple continuou a produção até 1993 (16 anos ininterruptos!), e no final vendeu entre cinco e seis milhões de unidades. Tal sucesso se deve a dois fatores: a quantidade imensa de software, em todas as categorias que você pode imaginar, e sua expansibilidade, com sete slots para placas de expansão que podiam ser desde uma simples interface serial para impressora a interfaces de aquisição de dados de instrumentos de laboratório. Essa mesma versatilidade é um dos motivos para o sucesso do “PC” hoje em dia.

Para conhecer um pouco mais da história deste computador que ajudou a moldar a indústria da informática, comece pelo excelente Apple ][ History, que cobre toda a vida da máquina, desde os tempos pré-Apple até o fim da produção (e o que aconteceu depois). A EWeek tem um artigo sobre o Apple II e uma entrevista com seu criador, Steve Wozniak. O blog RetroThing também cobre a data. E se você quiser matar a saudade de seu velho micro, ou experimentar a computação em sua infância, pode recorrer a emuladores. Para o Mac OS X, uma alternativa é o Apple ][ Go, escrito em Java e que pode rodar como um widget no Dashboard. Para Windows, uma boa alternativa é o AppleWin. Usuários de Linux podem experimentar o XApple2, também disponível no repositório apt do Ubuntu.

RetroTech: Iomega Click!

Disco Click!Caiu em minhas mãos hoje, cortesia de um amigo, uma peça de tecnologia do passado. Daí veio o estalo: porque não colocar no BADCOFFEE análises de tecnologia antiga, produtos que “poderiam ter sido” algo grande, mas que hoje são desconhecidos? Afinal, só podemos prever o futuro se conhecermos o passado, diz o ditado.

Então, declaro inaugurada a seção RetroTech. O primeiro artefato a ser analisado é um Iomega Click! Drive (e seu respectivo disco), uma tentativa da Iomega (conhecidíssima a partir de meados da década de 90 pelo seu Zip Drive) de emplacar um formato de mídia portátil de alta (para a época) capacidade e baixo custo.

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MicroMemo: um (bom) microfone para seu iPod

Logo da XtremeMacResponda rápido: o que a maioria dos concorrentes do iPod, até mesmo os clones chineses mais vagabundos, tem que o lendário MP3 Player da Apple não tem? Esqueça interfaces wireless ou rádio, a resposta é bem mais simples: um microfone.

E por que um microfone é útil? Por um monte de motivos: se você for um jornalista, pode gravar entrevistas. Se for um estudante, gravar a aula para revisar mais tarde e se concentrar em anotar só as partes realmente importantes. É músico? então pode gravar aquela idéia ou melodia que veio à cabeça depois do almoço antes que ela desapareça. As possibilidades são muitas.

Felizmente o sucesso do iPod gerou um ecossistema imenso de acessórios para todos os fins, de capinhas de silicone para protegê-lo contra arranhões a sistemas para medir seu desempenho esportivo (como o Nike+iPod). Entre eles, claro, várias opções de microfones. Um dos que mais chama a atenção pela integração com o iPod e facilidade de uso é a linha MicroMemo, da XtremeMac.

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LEDs de montão

A notícia no blog da revista New Scientist de que um cientista russo chamado Oleg Vladimirovich Losev pode ter descoberto os LEDs na década de 20, quarenta anos antes do que os norte americanos (1962), me lembrou de um site que encontrei alguns anos atrás em minhas andanças pela Internet. É o LED Museum.

O site cataloga LEDs de todos os tipos, cores, formas e tamanhos, e os produtos onde são usados, como lanternas, luzes de leitura, iluminação para festas, mensagens luminosas e afins. O layout é bastante poluído e a navegação meio confusa, mas vale o passeio. Sabiam que além do tradicional verde, vermelho, azul e laranja, já existem LEDs cor-de-rosa, roxos e até mesmo RGB, capazes de gerar qualquer cor que você quiser? Pois é, eu também não sabia, mas descobri no LED Museum.

Eliminando ruído em arquivos de áudio com o Audacity

Logo do AudacityTodo repórter já passou pela frustração de gravar uma entrevista e, na hora de transcrever, descobrir que há ruído de fundo em excesso ou que o volume está baixo demais. E dá-lhe muita paciência e horas numa sala quietinha com fones no ouvido e volume no máximo, tentando entender o que foi dito.

Se você usa um gravador digital (se não, tá esperando o quê?), não precisa sofrer mais. Com o Audacity, um software Open Source disponível em versão para Mac, Windows e Linux, você pode processar o áudio e se livrar do ruído, facilitando a transcrição. Veja como.

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Super Pac-Man TV Game

Super Pac-Man TV GameNo começo da década de 80, era de ouro dos arcades, um jogo muito simples e extremamente divertido virou mania no mundo todo, arrecadando milhares de fichas de jogadores ávidos por “só mais uma partida”. Pac-Man, da Namco, logo inspirou músicas, desenhos animados, brinquedos e todo o tipo de quinquilharias com a carinha amarela do herói estampada. Era a “Pac-Man Fever”, a Febre do Pac-Man.

Quando a Atari anunciou uma versão do jogo para seu console (o Atari 2600), o mundo aguardou com expectativa. Imaginem, trazer toda a diversão do arcade para a sala de estar! Confiante em um sucesso absoluto a empresa produziu 12 milhões de cartuchos, mais do que o número de consoles em uso na época (10 milhões), crente de que as pessoas iriam comprar um Atari só para poder jogar Pac-Man. Talvez fosse verdade, se o jogo não fosse tão ruim: gráficos feios, sons distorcidos e uma jogabilidade que invalidava a maioria das estratégias do arcade fizeram o público torcer o nariz.

Mas 20 anos depois, graças à Jakks Pacific, é possível ter toda a experiência do arcade em casa. E você nem precisa de um videogame ou computador, basta uma TV e o Super Pac-Man TV Game.

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Quanto espaço você tem?

Dia desses, ao embarcar em uma viagem com minha namorada, tive um “estalo” ao ligar o MP3 player. De repente me dei conta de que aquele objeto minúsculo em minhas mãos (um iPod Nano) tinha 2 GB de “espaço em disco”. E que o player dela, similar, tinha 1 GB. Comecei a somar de cabeça os gadgets que estavam na mala e o número foi aumentando… daí veio a idéia de quantificar quanto espaço eu tenho para minha “vida digital”.

A conta é simples: some a capacidade total dos seus discos rígidos, pendrives e memory cards. Mídia óptica (CDs e DVDs) não conta, é tão barata e abundante que jogaria o resultado nas alturas. Meus números:

Discos Rígidos

  • 3 discos de 40 GB (Mac Mini, Notebook, Disco Externo)
  • 1 disco de 4 GB (PC antigo)

Memory Cards

  • 1 Memory Stick Pro Duo de 1 GB
  • 1 Mini-SD de 2 GB

Pendrives

  • 1 Sandisk Cruzer Mini 512 MB
  • 1 Lenovo 256 MB
  • 1 Samsung 2 GB

Dispositivos com memória não-removível (MP3 e afins)

  • 1 iPod Nano 2 GB
  • 1 Foston FS-58A 1 GB

Total: 132.7 Gigabytes

Cento e trinta e dois gigabytes. Um número absurdo, considerando que o primeiro HD que vi na vida tinha 20 MB e meu primeiro PC tinha um disco Quantum de 850 MB. E você, quanto espaço tem para sua vida digital?

“Making Of” de Atlantis

Se você, como eu, era um pequeno nerd curioso na década de 80, provavelmente já se perguntou mais de uma vez “puxa, como eles fazem isso?” enquanto jogava seu joguinho favorito no Atari.

A resposta veio cerca de 20 anos depois: o povo da AtariAge encontrou no YouTube um trio de vídeos de um programa da PBS (emissora norte-americana) sobre a Imagic, a número dois no desenvolvimento de jogos para o Atari. Não lembra da Imagic? Então talvez você se lembre de dois nomes: Demon Attack e Atlantis. Lembrou? Sabia 🙂

O programa, com três segmentos (1, 2 e 3) de 9 minutos cada, acompanha o desenvolvimento do jogo Atlantis durante o ano de 1982, de sua concepção à estréia na CES (na época não existia E3). Você vai ver sessões de brainstorming, protótipos do jogo, produção dos cartuchos, testes do jogo com crianças, festas de lançamento e mais. Destaque para os programadores escrevendo código “na mão”, em papel, e trabalhando sem computadores em suas mesas.

Se quiser baixar os vídeos, recomendo o site Vixey.net: ele baixa o arquivo FLV do YouTube, faz a conversão online e te entrega um AVI ou MPEG-4 prontinho pra tocar em qualquer DVD Player ou no seu iPod. Genial.

UPDATE: Troquei os links do YouTube (fora do ar) por links para versões locais dos vídeos. São arquivos MP4, com cerca de 20 MB cada.