Projeto Mimas: recortando e colando

Depois de configurar o software e determinar a posição dos componentes dentro da carcaça do Mega Drive, chegou a hora do próximo passo no projeto do meu console: fixar tudo lá dentro. Como já disse, a idéia era aproveitar ao máximo as portas já existentes na carcaça (duas na frente para os joysticks, duas na traseira para o conector de força e a saída A/V) e evitar cortes extras.

Para posicionar meus cabos na altura correta das portas originais, me inspirei na própria SEGA: os conectores originais são fixados à placa-mãe do console, que é parafusada a postes na carcaça. Os meus foram fixados a “prateleiras” feitas com pedaços de acrílico (recortado de estojos para CD), parafusadas aos mesmos postes.

Os cabos já fixados à carcaça. Na falta de Super Bonder, taca cola quente!

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Inicialmente fiz a fixação dos conectores às prateleiras com cola quente, mas após uma semana ela enfraqueceu e os conectores se soltaram facilmente. Mas como diz o ditado: “se a força bruta não funciona, você não está usando o bastante”, então apelei para o Super Bonder, que parece ter funcionado bem. Amigos me avisaram no Facebook que pode não ter sido a melhor escolha, já que o adesivo não é resistente à torção, e nesse caso Araldite seria mais adequado. Fica a informação para referência futura.

Com tudo no lugar, adicionei mais dois itens ao projeto: um simples LED de Power, ligado aos pinos 1 (3.3v) e 6 (Terra) do conector GPIO e colado a um furo na frente do console. E coloquei também um botão simples de RESET, um push-button NA ligado a dois pinos soldados à posição P6 na placa do Pi (ao lado do conector HDMI).

O RESET é importante porque o Raspberry Pi não tem uma chave liga/desliga: ele liga assim que plugado à tomada. E como todo sistema UNIX, simplesmente “puxar a tomada” para desligá-lo é uma má idéia, já que pode causar corrupção no cartão de memória. No Emulation Station (a interface gráfica que estou usando) há uma opção para desligar o sistema, que na verdade manda o comando HALT e “congela” a máquina. Para sair deste estado as opções são cortar e restabelecer a alimentação (desplugando e plugando o cabo) ou… ativar o RESET.

Então ficou assim: quando termino de jogar, mando o Emulation Station desligar o console. Quando quero jogar novamente, basta um toque no RESET para reiniciar o sistema e deixá-lo pronto para uso. O push-button foi colocado na traseira do console, num furo que originalmente não era usado e por onde inicialmente pensei em passar um cabo HDMI. Mais tarde pretendo aproveitar o botão de RESET original na frente do console.

Na hora de fechar a carcaça, uma surpresa: os terminais que usei para conectar a chave de RESET ao header P6 no Pi ficam no caminho da estrutura plástica que faz parte do slot de cartuchos. Eu poderia simplesmente remover ela, mas aí teria de arranjar um meio de colar as tampas do slot na carcaça. Mas depois de investigar um pouquinho, bastou um corte extra no plástico do slot para resolver o problema. Não ficou bonito, mas funciona!

Teste de fechamento. Coube tudo direitinho! #megadrive

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Com tudo no lugar e o console fechado, posso considerar o aspecto “hardware” do projeto praticamente terminado. Agora faltam os detalhes cosméticos: uma máscara ao redor das portas USB frontais, um polimento na tampa do console (para esconder um pouco os arranhões. Alguém tem dicas?) e uma “rodada bônus”: novos decalques. Quero um logo da SEGA colorido e substituir o “Megadrive 2” no canto inferior direito por “Mimas” ou talvez “MegaPi”. Ouvi falar em decalques “Waterslide” usados pelo pessoal de modelismo que podem ser úteis nesse ponto, preciso investigar.

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