[REVIEW] Xperia C é bonitinho, mas tem memória curta

Um tempo atrás eu recebi para review um Xperia C, um smartphone 3G Dual-SIM da Sony, mas acabei não falando muito sobre ele. A princípio ele parece um smartphone interessante: tem um design bonito, que de frente lembra o Xperia Z1 embora seja todo feito de plástico, e uma tela de 5 polegadas (com resolução de 540 x 960 pixels) que tem boa qualidade de imagem.

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O processador quad-core de 1,2 GHz (MediaTek MT6589) acompanhado por 1 GB de RAM tem desempenho bom o bastante para as tarefas do dia-a-dia, embora em benchmarks como o AnTuTu o Xperia C tenha sido cerca de 20% mais lento do que concorrentes como o Moto G.

O sistema operacional, o Android 4.2.2, não é a versão mais recente, mas ao mesmo tempo não é antigo o bastante para causar incômodos. E a autonomia de bateria, como é “de praxe” nos aparelhos recentes da Sony, agradou bastante: sob uso típico com apenas um SIM Card cheguei ao fim de quase 13 horas de uso com 56% de bateria restantes.

A câmera traseira tem um sensor de 8 MP e flash, o que a princípio deveria ser um ponto de destaque. Mas fiquei desapontado com a qualidade das fotos: são mais escuras do que deveriam e tem bastante ruído, o que leva à perda de detalhes. A câmera frontal (com resolução VGA) não se sai melhor: as imagens tem cores não naturais, perdem detalhes e exibem um forte efeito de “pintura a óleo”.

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Carregadores piratas são uma armadilha mortal

Sheryl Anne Aldeguer, uma enfermeira de 28 anos, morreu nesta semana na Austrália após ser eletrocutada pelo carregador pirata de seu iPhone: o acessório falhou e permitiu que 240 volts passassem pelo corpo dela. Infelizmente ela não foi a primeira vítima: em julho passado o caso da aeromoça chinesa Ma Ailun, de 23 anos, chamou a atenção da imprensa internacional após ela ter sido eletrocutada ao atender uma chamada em um iPhone 5 ligado a um carregador pirata. E em novembro passado foi a vez de um homem de 28 anos na Tailândia. Adivinhem como ele estava carregando o smartphone?.

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Crédito: Ken Shirriff

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[REVIEW] Controle de 6 botões para o Mega Drive

Quem tem consoles antigos sabe como é difícil encontrar controles em boas condições, ainda mais por um preço decente. Felizmente quem curte o Mega Drive tem uma boa opção nestes controles de 6 botões que encontrei no DealExtreme, por indicação do amigo FRS.

São quase idênticos ao Six Button Control Pad / 6 Button Arcade Pad original: o formato é o mesmo (provavelmente o molde foi copiado) e as diferenças mais óbvias são cosméticas: todos os botões são pretos (no original X, Y, Z e Start são cinza), não há o logo da SEGA e a palavra START é moldada no plástico acima do botão, em vez de impressa em branco abaixo dele.

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[REVIEW] Nokia Lumia 1520 é um GRANDE smartphone

Quando lançou o Streak 5, em 2010, a Dell inadvertidamente criou um monstro. Com sua imensa (para a época) tela de 5” o aparelho foi o primeiro “phablet” Android, e levou a uma corrida armamentista entre os fabricantes, que lutam para ver quem consegue colocar a maior tela em um aparelho que ainda caiba no bolso da calça e faça chamadas.

Mas este era um fenômeno limitado aos smartphones Android até a Nokia (agora Microsoft Devices) lançar os Lumia 1320 e Lumia 1520, equipados com telas de 6 polegadas. Pense em um smartphone grande. Não, um pouco maior. Mais… isso! Esse é o Lumia 1520. Para ter uma idéia melhor, veja esta foto dele ao lado de um Motorola RAZR MAXX, que tem uma tela de 4.3”

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Nokia Lumia 1520, comparado a um Motorola RAZR MAXX

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Dissecando o CCE Motion.plus SK402

Post atualizado em 17/08/13 com informações sobre o sensor de toque e conclusões

A CCE anunciou recentemente uma nova linha de smartphones e o que mais chama a atenção é o SK504, um smartphone quad-core com tela de 5” por R$ 899. Mas o SK402 também tem bastante potencial: trata-se de um aparelho “mid range” Dual SIM com uma boa configuração e um precinho bem camarada, R$ 499.

Consegui colocar as mãos em um SK402 logo após a coletiva de lançamento, e estou há alguns dias “fuçando” para descobrir seus segredos. Seguem abaixo minhas observações.

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Consertando um HD externo Seagate Expansion de 1.5 TB

Na noite de ontem fui assistir a um filme usando meu Media Center (atualmente uma Boxee Box) e o HD externo começou a “estalar”, do nada. Quem lida com informática sabe o que esse som significa: o disco está morrendo, ou já morreu, e o que estava nele já era. No meu caso, todos os filmes e séries da casa. Gelei.

Pluguei o HD no Mac, e ele montou normalmente. Copiei um arquivo dele pro Mac, outro do Mac pra ele, tudo parecia bem… até ele começar a estalar de novo e sumir do desktop sozinho, sem eu mandar ejetar. Tirei da tomada, coloquei de volta e “pléc, pléc, pléc, pléc…”.

Já estava conformado em perder todos os meus arquivos, mas não ia desistir sem lutar. E procurando na internet, achei duas soluções que trouxeram o HD de volta.

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Digitando no iPad

Faz um tempinho que comprei no DealExtreme um “case” para o iPad com um “pézinho” ajustável, para poder deixar o aparelho inclinado sobre uma mesa. O case é barato e está aguentando o tranco, e a inclinação é uma mão na roda na hora de deixar o iPad sobre a mesa como uma “segunda tela” para ler e-mail ou ver um vídeo. O problema é que a diferença entre os seis ângulos de inclinação possíveis é mínima, e em nenhum deles o iPad fica em uma posição confortável para digitar.


iPad e o case original. Bom para filmes, ruim para digitar

Eu posso resolver o problema comprando um case da Apple (o melhor pra digitar, na minha opinião, embora não pareça ser muito resistente) ou “dar o meu jeito”. Eu já tinha pensado em colar um segundo pézinho mais curto, sobre o primeiro, para poder deixar o iPad em um ângulo mais raso e confortável. Tinha pensado em fazer isso aproveitando um pezinho de porta-retrato, mas ontem mudei a abordagem.

Quando comprei os componentes para consertar meu GameGear comprei também um ferro de solda novo, e ele veio com um pequeno suporte para evitar de apoiar o ferro diretamente sobre mesa. Eu já tenho um bom suporte para ferro de solda, e estava prestes a engavetar o suporte novo quando notei que ele era perfeito para ser adaptado ao iPad.


Suporte para ferro de solda colado ao pézinho do case

Foi simples, bastou colá-lo sobre o pézinho do case com um pedaço de fita dupla-face. Não é a solução mais bonita e elegante do mundo, mas funciona que é uma beleza. Com o pézinho original tenho uma boa posição para ver filmes, e com o suporte “levantado” eu tenho uma boa posição para digitar. Combo!


Com o suporte, posição confortável para digitar

Ressuscitando um GameGear

É engraçado como as coisas funcionam. Há tempos eu tinha em uma gaveta um GameGear que “não funcionava”. Quando ligado não havia aparentemente nada na tela e um apito irritante no alto-falante, sem falar no fato de que ele se desligava sozinho após alguns minutos. Lembro que quando ele começou a dar esse problema (há alguns anos) eu cheguei a procurar ajuda na internet, mas não encontrei nada. Desisti e engavetei o GameGear como caso perdido.

Semana passada, em uma viagem a Curitiba, caiu na minha mão mais um Master System. Mas ao contrário do modelo que já tenho, com 74 jogos na memória, esse é o “modelo original”, o primeiro comercializado pela TecToy no Brasil, bem antes dela começar a lançar uma versão nova do console a cada 2 meses. O console veio “pelado”, sem controles (esses eu tenho), cartuchos (idem) ou a fonte de alimentação. A fonte é o problema.

O Master System tem um conector de força “bisonho” na traseira, um DIN-5, e eu precisava saber a pinagem daquilo pra não correr chance de torrar o console (se é que ele ainda funciona, não faço idéia porque peguei ele “no estado”). Pesquisando na internet, me lembrei do povo do projeto SMS Power, que visa catalogar jogos e hardware dos consoles de 8-Bits da Sega (SG-1000, SC-3000, Master System e GameGear). Eles tem fóruns de discussão,  informações sobre desenvolvimento, mods de hardware e afins. Infelizmente, não achei a pinagem da fonte lá, mas achei outra coisa muito interessante.

Na seção principal do fórum havia uma thread “fixa” com o título “Game Gear turns itself off/screen is unreadable/sound is gone/screen flashes“. Opa, tem alguém descrevendo exatamente o meu GameGear! Lendo a thread descubro que o problema é causado por capacitores defeituosos na placa-mãe, que “vazam” com o passar do tempo, e que há um tutorial ensinando como substituí-los.

Meu GameGear tem uma placa-mãe modelo VA1. Peguei no tutorial a lista de capacitores correspondente (são 12 na placa mãe) e dei um pulo em Sta. Ifigênia, onde encontrei todos facilmente a cerca de 20 centavos cada. Fora os valores de capacitância, minha única preocupação foi encontrar os menores capacitores possíveis, por causa do espaço limitado dentro do gabinete. Mas no final das contas ele não é tão crítico assim, e consegui soldar todos eles sem muito malabarismo. Pode ser difícil encontrar capacitores com a voltagem exata mencionada na lista (ex: 6.3V), mas componentes de voltagem maior (10v, cheguei a ter de usar um pra 35v) servem.


Placa-mãe de um GameGear “VA1” com os capacitores marcados. Crédito: smspower.org

A foto acima mostra a posição dos capacitores. A troca se resume a “descolar” eles da placa-mãe usando uma pinça, dessoldar os terminais e soldar o componente novo no lugar. Quando vaza o eletrólito deixa um resíduo sobre os terminais, que pode dificultar a soldagem dos novos componentes (a solda parece “não pegar”). Limpar o resíduo com um cotonete embebido em álcool deve resolver o problema, e usar solda com fluxo ajuda ainda mais. Não custa lembrar que capacitores tem polaridade, marcada com os símbolos + e – no corpo dos componentes e na placa mãe. Tenha cuidado para não soldar nenhum componente “invertido”.

Depois de mais ou menos uma hora dobrando perninhas, arrancando capacitores velhos e queimando os dedos no ferro de solda, meu GameGear voltou à vida e está tão bom quanto novo. Foi um reparo rápido, barato e que vale a pena.

Casemod rápido num Dingoo

O Dingoo preto do meu enteado (Gabriel) morreu “afogado”, e resolvi aproveitar o que dava como peças sobressalentes. Olhei pros botões pretos, pro meu Dingoo branco, lembrei do meu DS “Stormtrooper” e não deu outra. Cinco minutos depois nascia isso aqui:

E nem é preciso sacrificar um Dingoo preto para fazer o mod. O Dealextreme tem carcaças pretas avulsas, por apenas 16 dólares e frete grátis.

Resgatando um Master System

Sábado passado, dia do meu aniversário, meu tio Orlando aparece em casa com o tipo de presente que eu mais gosto: um Master System 3 (modelo “Collection” com 74 jogos na memória) que encontrou jogado perto de alguns sacos de lixo, junto com dois controles. Adoro consoles antigos, e “recauchutar” um deles para trazê-lo de volta à ativa é ainda mais divertido.

Geralmente não é preciso muito esforço: batendo o olho na placa-mãe você logo nota a causa do problema. Fora a sujeira, o mais comum é um fio partido, fusível queimado ou componente comum como um capacitor estourado. Uma boa limpeza, um pingo de solda aqui, outro ali e o brinquedo volta a funcionar como tivesse saído da loja.

Foi  o que aconteceu com este Master System. Fora a imundície, tudo o que ele precisava era de um cabo de força novo. Improvisei um, liguei na tomada e pronto! Em segundos o menu de seleção de jogos estava na tela, e eu estava me deliciando com Columns, Sonic e Outrun. Ah, bons tempos em que eu passava as férias grudado no Master System do mesmo tio, tentado bater os recordes de OutRun publicados pelas revistas da época 🙂

Aproveitei a chance pra tirar umas fotos das entranhas do console. O “coração” é um “Master System on a Chip” identificado como “ATT600”. Fora ele há um chip de memória contendo os 74 jogos e um Altera que deve fazer a parte de “Megaram” e se encarregar de pegar o jogo selecionado na memória e colocá-lo na RAM do console como se fosse um cartucho qualquer. O transformador é interno e meu modelo felizmente ainda tem um slot de cartuchos (eliminado no modelo seguinte, com 131 jogos). O cabo A/V para ligação à TV é o mesmo do meu Megadrive 3 da TecToy (que também veio com jogos na memória). Seguem as fotos: