Estou brincando de transformar meu Motorola Atrix e um Gametel em um “console portátil” e experimentando vários jogos. Um que não funcionou “de cara”, pra minha decepção, é o GTA III. Felizmente o jogo tem suporte a teclado, e é possível configurar o Gametel para emular comandos de teclado. Basta saber a combinação certa pra cada “botão” do GTA III, que encontrei numa discussão no Orkut (quem diria, o Orkut sendo útil) e reproduzo abaixo.
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Ressuscitando um GameGear
É engraçado como as coisas funcionam. Há tempos eu tinha em uma gaveta um GameGear que “não funcionava”. Quando ligado não havia aparentemente nada na tela e um apito irritante no alto-falante, sem falar no fato de que ele se desligava sozinho após alguns minutos. Lembro que quando ele começou a dar esse problema (há alguns anos) eu cheguei a procurar ajuda na internet, mas não encontrei nada. Desisti e engavetei o GameGear como caso perdido.
Semana passada, em uma viagem a Curitiba, caiu na minha mão mais um Master System. Mas ao contrário do modelo que já tenho, com 74 jogos na memória, esse é o “modelo original”, o primeiro comercializado pela TecToy no Brasil, bem antes dela começar a lançar uma versão nova do console a cada 2 meses. O console veio “pelado”, sem controles (esses eu tenho), cartuchos (idem) ou a fonte de alimentação. A fonte é o problema.
O Master System tem um conector de força “bisonho” na traseira, um DIN-5, e eu precisava saber a pinagem daquilo pra não correr chance de torrar o console (se é que ele ainda funciona, não faço idéia porque peguei ele “no estado”). Pesquisando na internet, me lembrei do povo do projeto SMS Power, que visa catalogar jogos e hardware dos consoles de 8-Bits da Sega (SG-1000, SC-3000, Master System e GameGear). Eles tem fóruns de discussão, informações sobre desenvolvimento, mods de hardware e afins. Infelizmente, não achei a pinagem da fonte lá, mas achei outra coisa muito interessante.
Na seção principal do fórum havia uma thread “fixa” com o título “Game Gear turns itself off/screen is unreadable/sound is gone/screen flashes“. Opa, tem alguém descrevendo exatamente o meu GameGear! Lendo a thread descubro que o problema é causado por capacitores defeituosos na placa-mãe, que “vazam” com o passar do tempo, e que há um tutorial ensinando como substituí-los.
Meu GameGear tem uma placa-mãe modelo VA1. Peguei no tutorial a lista de capacitores correspondente (são 12 na placa mãe) e dei um pulo em Sta. Ifigênia, onde encontrei todos facilmente a cerca de 20 centavos cada. Fora os valores de capacitância, minha única preocupação foi encontrar os menores capacitores possíveis, por causa do espaço limitado dentro do gabinete. Mas no final das contas ele não é tão crítico assim, e consegui soldar todos eles sem muito malabarismo. Pode ser difícil encontrar capacitores com a voltagem exata mencionada na lista (ex: 6.3V), mas componentes de voltagem maior (10v, cheguei a ter de usar um pra 35v) servem.
Placa-mãe de um GameGear “VA1” com os capacitores marcados. Crédito: smspower.org
A foto acima mostra a posição dos capacitores. A troca se resume a “descolar” eles da placa-mãe usando uma pinça, dessoldar os terminais e soldar o componente novo no lugar. Quando vaza o eletrólito deixa um resíduo sobre os terminais, que pode dificultar a soldagem dos novos componentes (a solda parece “não pegar”). Limpar o resíduo com um cotonete embebido em álcool deve resolver o problema, e usar solda com fluxo ajuda ainda mais. Não custa lembrar que capacitores tem polaridade, marcada com os símbolos + e – no corpo dos componentes e na placa mãe. Tenha cuidado para não soldar nenhum componente “invertido”.
Depois de mais ou menos uma hora dobrando perninhas, arrancando capacitores velhos e queimando os dedos no ferro de solda, meu GameGear voltou à vida e está tão bom quanto novo. Foi um reparo rápido, barato e que vale a pena.
Casemod rápido num Dingoo
O Dingoo preto do meu enteado (Gabriel) morreu “afogado”, e resolvi aproveitar o que dava como peças sobressalentes. Olhei pros botões pretos, pro meu Dingoo branco, lembrei do meu DS “Stormtrooper” e não deu outra. Cinco minutos depois nascia isso aqui:
E nem é preciso sacrificar um Dingoo preto para fazer o mod. O Dealextreme tem carcaças pretas avulsas, por apenas 16 dólares e frete grátis.
Resgatando um Master System
Sábado passado, dia do meu aniversário, meu tio Orlando aparece em casa com o tipo de presente que eu mais gosto: um Master System 3 (modelo “Collection” com 74 jogos na memória) que encontrou jogado perto de alguns sacos de lixo, junto com dois controles. Adoro consoles antigos, e “recauchutar” um deles para trazê-lo de volta à ativa é ainda mais divertido.
Geralmente não é preciso muito esforço: batendo o olho na placa-mãe você logo nota a causa do problema. Fora a sujeira, o mais comum é um fio partido, fusível queimado ou componente comum como um capacitor estourado. Uma boa limpeza, um pingo de solda aqui, outro ali e o brinquedo volta a funcionar como tivesse saído da loja.
Foi o que aconteceu com este Master System. Fora a imundície, tudo o que ele precisava era de um cabo de força novo. Improvisei um, liguei na tomada e pronto! Em segundos o menu de seleção de jogos estava na tela, e eu estava me deliciando com Columns, Sonic e Outrun. Ah, bons tempos em que eu passava as férias grudado no Master System do mesmo tio, tentado bater os recordes de OutRun publicados pelas revistas da época 🙂
Aproveitei a chance pra tirar umas fotos das entranhas do console. O “coração” é um “Master System on a Chip” identificado como “ATT600”. Fora ele há um chip de memória contendo os 74 jogos e um Altera que deve fazer a parte de “Megaram” e se encarregar de pegar o jogo selecionado na memória e colocá-lo na RAM do console como se fosse um cartucho qualquer. O transformador é interno e meu modelo felizmente ainda tem um slot de cartuchos (eliminado no modelo seguinte, com 131 jogos). O cabo A/V para ligação à TV é o mesmo do meu Megadrive 3 da TecToy (que também veio com jogos na memória). Seguem as fotos:
Aventuras com Super Mario Galaxy 2
Aproveitei uma recente viagem aos EUA para comprar Super Mario Galaxy 2 no dia do lançamento. Chego em casa ansioso para estrear o jogo, coloco o disco no Wii e… ele pede uma atualização de sistema.
Aqui está o meu problema: meu Wii tem um modchip e vários programas homebrew instalados, e atualizações de sistema não são nada amigáveis com eles. Na melhor das hipóteses elas fazem com que os programas deixem de funcionar ou os desinstalam. É o caso da atualização para a versão 4.2U do System Menu no disco do Super Mario Galaxy 2. Na pior das hipóteses, uma atualização pode “brickar” um console modificado, transformando-o em um peso de papel.
Não disposto a arriscar, parti para o plano B: instalar o jogo no HD externo conectado a meu Wii, e carregá-lo usando o USB Loader GX. Com isso elimino a partição de update (que não é copiada para o HD), fico só com o jogo e ele roda sem problemas, certo? Errado! O jogo até começava a carregar, mas travava em uma tela preta logo após a tela inicial com informações de segurança. E não havia ajuste ou configuração que fizesse o jogo funcionar. Tentei atualizar versões do cIOS, do USB Loader, do firmware do modchip e nada.
Desanimado, mandei a precaução às favas e aceitei a atualização no disco do Super Mario Galaxy 2. Como esperado, ela “fez a limpa” no console e removeu versões customizadas do sistema operacional (cIOS), BootMii, DVDX e tudo o mais. Mas o videogame ainda funcionava. E o melhor, o jogo rodou!. Fiquei feliz da vida e pensei: “Bom, agora o jogo tá rodando. Hora de reinstalar tudo o que ele removeu do console“.
Segui este guia para refazer as modificações no Wii. Com tudo de volta em seu devido lugar, fui jogar mais um pouco de Super Mario Galaxy 2 e… surpresa! O jogo pede de novo uma atualização de sistema, provavelmente porque notou que fui um menino mau e reinstalei tudo o que ele teve o trabalho de remover.
Portanto, fiquei preso em um dilema. Eu podia jogar Super Mario Galaxy 2, mas teria de abrir mão de todos os emuladores que tenho no console e da comodidade de carregar os jogos a partir de um HD externo com o USB Loader GX. Ou podia ficar com tudo isso e abrir mão de Super Mario Galaxy 2 e dos US$ 50 que paguei por ele. “Saco, tem que ter uma solução“, pensei.
E tinha: no desespero, instalei um programa chamado StartPatch, que modifica o comportamento do System Menu (a interface gráfica do Wii), permitindo que o usuário altere uma série de parâmetros que normalmente estão fora do seu alcance. Coisas como se livrar da tela de “Health Warning” sempre que o console é ligado ou… bloquear atualizações via DVD!
Instalei o StartPatch seguindo este guia, e habilitei a opção Block Disc Updates. Rebootei o console, coloquei o DVD com Super Mario Galaxy 2 no drive e… rodou! Sem me forçar a atualizar e mantendo todo meu software homebrew intacto. Ainda não consegui fazer o jogo rodar a partir de uma cópia em HD, mas roda a partir do DVD original, o que é bom o suficiente.
Portanto, se você tem um Wii modificado e tem problemas com discos que exigem atualização (e a maioria delas não é necessária para jogar), experimente o StartPatch. Só um aviso: existe um pequeno risco da instalação do programa “brickar” seu console, se ele ficar sem energia bem na hora em que as modificações no System Menu estão sendo aplicadas. Mas o processo é bem rápido (cerca de três segundos), e você teria de ser bastante azarado para ser vítima deste problema. Ainda assim, é bom avisar.
E lembro que não presto suporte ao StartPatch ou qualquer outro software para o Wii. Tudo o que você precisa saber sobre homebrew e como desbloquear o console está disponível nos guias e sites que linkei neste post. Play safe, have fun!
Máquina de Arcade: Gambiarra I
Segundo passo nos meus planos de dominação mundial, ops, construção de minha própria máquina de arcade: transplantar os componentes para um “gabinete” temporário para que eu possa deixá-la montada em um canto e facilitar os testes. Afinal de contas limpar a mesa da cozinha, pegar a placa, a fonte, o HD, ligar tudo, catar o monitor do Gabriel, etc e tal não é produtivo.
O plano: dar um pulo em uma loja de materiais para arte, comprar placas de MDF (um tipo de compensado, mais resistente) e montar um caixote para abrigar os componentes. Mas minha preguiça, combinada ao mau-tempo constante em São Paulo nos últimos meses, interferiu e resolvi não sair de casa.
Plano B: seguir o conselho do Leandro Pereira, que disse no Twitter: “monta dentro da caixa”. Faz sentido, a placa-mãe veio dentro de uma caixa de papelão razoavelmente resistente e do tamanho certinho. Não caberia a fonte, mas ela é bem protegida e pode ficar externa, nem o HD, mas para testes iniciais um pendrive de 16 GB dá e sobra. Então mãos à obra!
Máquina de Arcade: Está viva!!
As peças para o gabinete chegaram na segunda pela manhã, e corri para casa no final do expediente para poder brincar pelo menos um pouco com elas. Montei tudo, espalhado mesmo, sobre a mesa da cozinha aproveitando um teclado e mouse velhos que achei em um canto e o monitor LCD do micro do Gabriel. Para ver se funcionava, tasquei um pendrive com o Ubuntu 9.10. E não é que funcionou de primeira?
Gostei do desempenho do Atom 330 no geral: a máquina é silenciosa e “esperta”, responde rapidinho sem te deixar esperando. Infelizmente, os testes com o SDLMame desapontaram: o desempenho em um Atom dual-core não foi muito superior ao em um Atom single-core (no meu Dell Mini 9): Neo*Geo roda a 100% com frameskip zero, mas Out Run chega a só 60% da velocidade (e som sempre ruim).
Máquina de Arcade: Testando software
As coisas não saíram exatamente como o esperado, e as peças para a máquina de arcade não chegaram na sexta-feira. Com isso, os testes que eu tinha planejado para o fim de semana com o hardware “real” foram por água abaixo. Mas nem tudo foi perdido.
Aproveitei a manhã de sábado para visitar algumas lojas na vizinhança de casa em busca de chapas de MDF para um gabinete improvisado, mas não tive sorte. E a preguiça me impediu de me aventurar mais do que alguns quarteirões além de casa, portanto a ida à Leroy Merlin mais próxima ficou para depois.
Projeto de férias: máquina de arcade
Se tudo sair como planejado (e isso é raro) entro em férias em pouco mais de duas semanas, pela primeira vez desde… caramba, desde 2001. É, eu sou louco mesmo, mas isso não vem ao caso (será?).
O que importa é que preciso de um projeto para me manter ocupado durante este período. Já tentei “projetos de verão” antes, mas a maioria foi por água abaixo por falta de tempo, e pela primeira vez este fator não vai estar contra mim. Então decidi tocar uma idéia que tenho na cabeça há MUITO tempo: montar minha própria máquina de arcade (ou, como chamavam na minha terra, “fliperama”). Não, não é essa da foto.
Arquivos perdidos da CES 2009: Mana Potion
Tenho uma confissão a fazer: durante a cobertura da MacWorld e CES 2009 eu fiz nada menos que 72 vídeos, e só uma dúzia deles chegou a ir ao ar. É fácil entender o motivo: a correria é imensa, banda larga boa o suficiente para upload de vídeos está, por incrível que pareça, disponível apenas na sala de imprensa e há coisas demais para uma pessoa só administrar. O resultado é que acabei subindo apenas o que considerei “mais interessante” e deixei o resto “para depois”. E o depois acabou se arrastando por um ano.
Mas ontem, vendo as fotos do povo na fila para a apresentação do Ballmer, me lembrei dos vídeos e corri atrás. Encontrei vários clipes de bastidores (como a fila para o Ballmer, igualzinha), produtos curiosos e cenas inusitadas que encontrei por lá, e decidi começar a postar tudo isso no YouTube. Se eu for esperar até tomar vergonha na cara para editar e organizar tudo como se deve os clipes nunca irão ao ar. Portanto, estou postando o material “cru” ou com edição mínima.
A imagem não é das melhores (eu tinha acabado de comprar a filmadora em uma Best Buy dois dias antes, e estava aprendendo a usar), as cenas tremem (tente manter uma câmera estável depois de dormir só quatro horas na noite anterior e tomar cinco doses de espresso para compensar) e o áudio estoura, mas mesmo assim eles ainda valem a pena. São uma visão curiosa dos “bastidores da reportagem”, pra quem se interessa por como as coisas funcionam ou acha que a cobertura de uma CES é um paraíso de uma semana em cassinos, comida farta e gadgets legais.
Começo por um review da… Mana Potion, que não tem muito a ver com a CES propriamente dita: Mana Potions são energéticos vendidos para gamers nos EUA, batizados como as poções geralmente usadas para recuperar energia “espiritual” ou mágica em jogos de RPG. Tem uma composição diferente de bebidas como Red Bull, e prometem te deixar alerta sem “danos colaterais” como a agitação excessiva ou cansaço insuperável quando o efeito acaba.
Comprei (a US$ 3.50 o frasco) como última tentativa de encontrar uma alternativa às cinco doses de espresso. Funciona? NÃO:
O efeito colateral mencionado no vídeo aconteceu mesmo, e não foi NADA agradável. Câmera e “trilha sonora” por André Faure. Mais clipes em breve.