Games de celular

Nokia N95 8GB rodando Asphalt 3

Eu confesso: nunca fui muito fã de jogos no celular. O hardware, até pouco tempo, não se prestava a títulos muito interessantes, e a interface via teclado, para um gamer acostumado a um direcional e um punhado de botões, é horrenda. Quer pressionar múltiplos botões ao mesmo tempo? Dar uma de Takahashi Meijin e disparar 16 tiros por segundo num shooter? Pfft, esqueça.

A coisa mudou de figura quando troquei o velho e surrado Siemens A50 por um aparelho mais capaz (na época um Motorola U9) e pude perder mais um tempo com os jogos pré-instalados. É, até que não é tão ruim assim para alguns tipos de games, como puzzles. Uma troca de aparelho depois e, de posse de um aparelho mais poderoso ainda (um N95 8GB), deu pra ver que os jogos de celular tem seu potencial. Títulos como Asphalt 3 não deixam, graficamente, nada a dever a jogos do primeiro Playstation, e com um pouco de criatividade os desenvolvedores conseguem contornar as limitações dos controles (embora eles ainda estejam longe do ideal).

Mas meu problema com os jogos de celulares é o ato da compra. Não estou reclamando do preço: minha operadora cobra entre R$ 6 (títulos mais antigos) e R$ 10 (lançamentos) por jogo, o que considero justo na maioria dos casos. É menos que um “número 1” no McDonalds. O problema é que a “experiência” é, simplesmente e para ser educado, uma droga.

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Recauchutando um Nintendo DS

Todas as peças inclusas com a Shell. Tem até parafusos

Comprei meu Nintendo DS, o modelo originalzão, prateado, há quase três anos. Precisamente em outubro de 2005. Desde então, ele tem sido meu companheirão em inúmeras aventuras: foi pra vários cantos do Brasil, duas vezes pros EUA e até pra Seoul, sempre sem reclamar, me ajudando a matar incontáveis horas dentro de ônibus, aviões e em salas de espera de rodoviárias e aeroportos.

Mas confesso que não fui muito cuidadoso com ele. Antes de uma viagem, simplesmente largava ele dentro da mala, em um bolso acessível. Viajando junto com chaves e outros itens (como meu iPod), inevitavelmente ele sofreu arranhões. E a Nintendo não ajudou: em vez de plástico colorido, fez o gabinete de um plástico branco-leitoso pintado de prata. Com o tempo e a fricção de horas nas mãos, a tinta começou a desbotar.

Eu poderia ter feito um upgrade pra um DS Lite, mas sinceramente não vejo muita vantagem: sim, a tela é melhor, mas estou satisfeito com a do DS Original. Cheguei a pensar em comprar tinta e pintar o console (como vi várias vezes na internet), mas considerando minha experiência anterior com pintura de plásticos (no caso um Hotbit 1.1) e os resultados… digamos… menos que satisfatórios, resolvi não arriscar.

Até que, cerca de um mês atrás, enquanto navegava na internet, tropecei com a oferta de algumas “cascas” substitutas (o nome em inglês é replacement shell) no DealExtreme. A pouco menos de sete dólares cada, e com frete grátis pra todo mundo, não custava experimentar. Pedi uma casca branca (incluindo também a chave tri-wing que eu ia precisar pra abrir o console), e em cerca de três semanas o pacote chegou em casa.

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Feito em casa – Parte II

Assim como “a natureza abomina o vácuo” (segundo Aristóteles), geeks abominam o desperdício. E eu me peguei olhando exatamente nos olhos do danado na semana passada. Estava copiando alguns arquivos para meu Mac Mini quando dei de cara com um alerta do OS X: “Você está ficando sem espaço em disco”. Caramba, lotei um HD de 80 GB sem nem sentir. Enquanto pensava no que poderia apagar ou gravar em DVD para liberar espaço, meus olhos pousaram sobre um canto da mesa, e o que vejo? Dois HDs IDE de 3.5 polegadas dando sopa: um de 40 GB e um de 80 GB.

O de 40 GB é o que sobrou do meu primeiro projeto de “armazenamento externo”, um case USB que montei há cerca de dois anos. O de 80 GB eu ganhei da minha namorada, e seria um “upgrade” do case se o dito não tivesse pifado há pouco tempo. A idéia de comprar dois cases novos para os discos não me agradava muito: eu ia gastar dinheiro, ocupar mais tomadas, mais portas USB e os discos estariam acessíveis apenas para um dos micros da casa, sendo que atualmente costumo ter duas ou três máquinas “em uso” a qualquer momento (as principais são meu Mac Mini, o Hackintosh da Elaine e meu EeePC).

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“Hackeando” o Eee PC

Para quem gosta de fuçar, um Eee PC com Linux e o wiki do site EeeUser são um prato cheio. Passei as últimas horas habilitando e configurando o “processor scaling“, o ajuste automático da velocidade do processador de acordo com as necessidades do momento. A idéia é arrancar mais alguns minutos de autonomia da bateria, que não anda me agradando. Sei que a diferença é mínima, mas de grão em grão…

Pois bem, está tudo funcionando redondinho: na bateria, o processador roda a 337 MHz, a não ser que algum aplicativo mais “pesado” entre em ação. Na tomada, o processador fica em 900 MHz (na verdade, 630 MHz) cravados o tempo todo. Tudo muito bem. Só tem um probleminha: na bateria, o VLC engasga.

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Uma semana com o Eee PC 701

Só pra fazer um “follow-up” do meu post sobre a chegada do meu Eee PC, seguem minhas impressões sobre a máquina após uma semana de uso.

  • Ele já tem um Pokénome: Azurill. É um “Pokémon bebê” (ideal pra algo que parece um filhote de notebook) e soa como ASUS. Outras máquinas da minha rede: Raichu (Mac Mini), Pidgey (Positivo M25), Lugia (Duron montado em casa).
  • O sistema operacional, uma variante do Xandros, funciona. Quem é usuário novato vai se adaptar sem problemas, mas pessoas com mais experiência, especialmente com outras distribuições Linux, vão ficar querendo mais. Troquei pelo EeeXubuntu, com intenção de dar uma olhada de perto no Eeebuntu (baseado no Ubuntu Hardy) no próximo fim de semana.
  • O sistema de atualização de software do Xandros é irritante. É lerdo, não tem barra de progresso nos downloads e só posso instalar uma atualização por vez. Fiquei de saco cheio e fiz um apt-get dist-upgrade através da linha de comando. Uma centena de megabytes depois… o sistema estava atualizado, e todos os ícones da pasta Games duplicados. Vá entender. Juro que usei apenas os repositórios de software oficiais.
  • A bateria me decepcionou bastante. Marquei 2 horas e 15 minutos com Wi-Fi ligado e sob uso intenso, ou seja, baixando coisas na maior parte do tempo. Imagino que não vá melhorar muito com uso moderado. Depois das quase quatro horas e meia do Mobo, parece um retrocesso.Deixar o Wi-Fi desligado? Só em lugares onde não houver outra opção a não ser a rede cabeada. Não gosto de voltar no tempo.
  • O EeeXubuntu ocupa menos espaço em disco que o Xandros (depois da instalação, fiquei com 1,7 GB livres, tinha 1,35 no Xandros), e não sacrifica recursos. Com um pouco de configuração manual é possível restaurar suporte total ao hardware, incluindo o OSD (on-screen display) com indicação dos níveis de brilho da tela, volume e estado da interface Wi-Fi. A variedade de software disponível é muito maior, e o boot ainda é bastante rápido. Vale a pena mudar.
  • Minhas “dicas para viver bem” com a tela de 7 polegadas que publiquei no post do Mobo valem para o Eee PC. Usar o Opera, rodar o OpenOffice.org em tela cheia, etc e tal. Cada pixel conta.
  • A antena Wi-Fi é MUITO sensível, aqui na sala de casa mostra muito mais redes Wi-Fi que as encontradas pelos outros notebooks (e reporta intensidade de sinal maior). Em Curitiba, encontrou na sala de estar a rede Wi-Fi do segundo andar da casa com intensidade de sinal de 81%, coisa que o Mobo não fez. Daria até pra navegar deitado na rede no quintal, se não fosse o clima polar do fim de semana.
  • Ele ainda está com todos os adesivos de garantia intactos 🙂

Novo brinquedo: ASUS Eee PC 701

Chegou hoje meu mais novo brinquedo, um ASUS Eee PC 701 4G “Galaxy Black”. Segui a dica do Augusto e comprei no CompraFacil pelo precinho camaradíssimo de R$ 999 em 10x sem juros no cartão. A entrega demorou: 15 dias no total, dez só na fase do “produto aguardando transferência do fornecedor”, mas no fim tudo está bem.

As impressões iniciais são boas. Gostei bastante da documentação inclusa: um guia do usuário (bem grosso) e um guia rápido. E apesar da máquina vir de fábrica com Linux, há uma seção no manual dedicada à instalação/otimização do Windows XP, se o usuário preferir. Um CD incluso tem todos os drivers para o XP, bem como um utilitário para criação de um “pendrive de recuperação” que restaura o sistema operacional à configuração de fábrica.

Além disso, o pacote inclui uma “capa/envelope” em neoprene para transporte (como no Mobo), um CD extra com a tradução do guia rápido para o português (em .DOC e mal-diagramada, mas melhor que nada), carregador e bateria. Falando nela, dei azar e meu Eee PC veio com o modelo de 4.400 mAh, em vez do de 5.800 mAh padrão. Isso significa autonomia reduzida, de pouco mais de três horas para 2,5 a 2,8 horas (segundo a ASUS, ainda não testei).

Tendo brincado recentemente com o Mobo, da Positivo, dá pra fazer algumas comparações rápidas: sim o teclado é idêntico, como já haviam me dito. Também não notei muita diferença na qualidade da tela ou nas imagens da Webcam. O Eee PC esquenta sensivelmente mais que o Mobo, especialmente na metade direita do teclado, mas não chega a incomodar. A construção é bastante sólida e o Eee PC tem, como vantagens, uma porta USB extra e mais espaço em disco.

Neste exato momento o Eee PC (que ainda não tem um Pokénome) está sentadinho aqui do lado, baixando as atualizações pro sistema operacional oficial (o Xandros da ASUS) enquanto o Mac baixa ISOS do EeeDora (Fedora pro EeePC) e EeeXubuntu (Xubuntu para o EeePC).

Como usuário do Ubuntu, a tendência é ficar com o EeeXubuntu como sistema operacional, mas o EeeDora tem a vantagem de ocupar apenas 340 MB de espaço em disco. O sistema original ocupa 2.3 GB dos 4 GB disponíveis no SSD, deixando apenas 1.3 GB disponíveis para o usuário. Devo reconhecer que ele tem alguns aplicativos bem legais, como o Voice Command e as ferramentas de Diagnóstico, além do update de BIOS integrado à ferramenta de atualização do sistema, mas prefiro um layout desktop “tradicional” e não gosto do KDE 😛

Nota – Dá pra ouvir alguns de vocês perguntando: “Ei, mas você não ia comprar um Mobo?”. Ia sim, mas o preço baixo do Eee PC e o suporte fraco a Linux no Mobo me fizeram optar pelo micro da ASUS. Me conheço, coloco Linux em tudo o que cai em minhas mãos, e em conversas com desenvolvedores Linux notei que no dia em que quisesse fazer isso no Mobo iria ter bastante trabalho. Ainda assim, minha recomendação e elogios ao produto da Positivo continuam de pé: é uma boa máquina na categoria de “subnotebooks” e, para quem prefere o Windows, uma escolha melhor (já vem com a licença, pré-instalado, em português, etc e tal).

Linux no Positivo Mobile Mobo

Post atualizado em 11/05. O Ubuntu roda, vejam o fim deste post

Ubuntu 8.04 rodando no Positivo Mobile MoboAcabei de fazer alguns testes com o Linux no Positivo Mobile Mobo. Como estou passando o fim de semana em Curitiba e sob restrição de banda (leiam: link ADSL lento), escolhi uma distro pequena e facilmente “carregável” em um pendrive para o experimento. No caso, o Slax 6.0.7 (apenas 190 MB) rodando em um pendrive Kingmax de 1 GB.

Antes de reportar os resultados, devo dizer que em pesquisas pela internet descobri vários “irmãos” do Mobo, comercializados por outros fabricantes em diversos países. Na Espanha, como os amigos do Zumo já mencionaram, ele é o “Airis Kira”. Já na Austrália é o “DreamBook IL1” da Pacific Computers. Em vários casos ele é vendido com Linux pré-instalado (pelo que vi, uma versão customizada da distro Linpus), então a compatibilidade é certa. Fica a pergunta: “o quão trabalhoso é deixar tudo rodando certinho?”

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Mobo na mão!

Post atualizado em 09/05/08 às 02:00

Mobo visitando o BADCOFFEEAcabei de receber um Mobo para review. Veio em uma caixa de papelão simples, sem imagens ou logotipos. Como ainda não é uma unidade final (é o primeiro lote, produzido para a coletiva de ontem) algumas coisas podem mudar, mas já posso dizer que:

  1. Vem com um simpático “envelope” em espuma emborrachada para protegê-lo contra sujeira, arranhões e impactos.
  2. Vem com um DVD que pode ser usado para gerar um “pendrive de recuperação”, que restaura a máquina ao estado original de fábrica. Como os DVDs de recuperação que já conhecemos.
  3. O boot leva 45 segundos, do momento em que apertei o botão de força até o desktop do Windows aparecer na tela
  4. Veio com o XP SP2, BrOffice.org, Adobe Reader 8 e acesso ao Dicionário Aurélio online. Nada de anti-vírus
  5. Instalei um Gimp Portable, abri uma imagem de 3072 x 2304 pixels, redimensionei para 640 x 480 e salvei na boa. A resolução de tela é um pouco pequena para as janelas do Gimp, entretanto. Especialmente a Abrir/Salvar, fora do restante do padrão do Windows.
  6. Bluetooth faz falta. Tirei umas fotos do micro com o celular (deixei a câmera em casa), mas não tenho como passá-las para ele sem o cabo. Publico assim que chegar em casa.

Alguém tem perguntas? Mais detalhes depois do clique

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Positivo Mobo: “companheiro de aventuras”

Positivo MoboEstive hoje pela manhã na coletiva da Positivo Informática onde foi feito o anúncio de lançamento do Mobo, o subnotebok “EeePC-like” da empresa, e confesso que fiquei bastante interessado no “brinquedo”.

Sim, ele é limitado: tem pouca RAM, “quase nada” de espaço em disco e um monitor bem pequeno (7 polegadas a 800×480), e já posso ouvir gente reclamando que “não cabe nada de MP3”, “o processador é fraco”, “não dá pra jogar com essa placa de vídeo” e “com mais R$ 500 você compra um notebook de verdade”. Sinceramente, se você está preocupado com qualquer um destes pontos, o Mobo não é um computador para você.

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Hackintosh

Nota: Post atualizado em 15/04/08 às 01:37, com informações sobre monitoramento de baterias.

Projeto de fim-de-semana: instalar o Mac OS X 10.5.1 (Leopard) no notebook da minha namorada, um Positivo Mobile W98. Ela é ilustradora/designer/artista em geral, então se dá muito melhor com Macs do que com um PC com Windows. Eu já havia tentado fazer algo parecido um tempo atrás quando comprei meu notebook, mas não deu certo e acabei desistindo. Entretanto, máquina nova, sistema operacional novo e ela pediu com jeitinho… então vamos lá.

O sistema operacional instalado foi a versão “Kalyway” do Leopard, baixada via BitTorrent. A instalação ocorreu sem problemas. Usando um CD do Ubuntu, particionei o HD em duas partes: uma com o Windows XP SP2, que já estava instalado, e uma segunda partição de 40 GB para o Mac OS X, formatada como FAT32. Depois bastou colocar o CD do Leopard no drive, formatar a segunda partição como HFS+ usando o Utilitário de Disco (Disk Utility) e prosseguir com a instalação normalmente.

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